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O Banco Central Europeu decidiu mais uma vez manter as taxas de juro inalteradas, mas não exlui mesmo a possibilidade de as baixar ainda mais.
Os juros mantêm-se assim em níveis historicamente baixos. O BCE já tinha dito que os juros deveriam manter-se inalterados até ao final deste ano, contudo, desta vez foi mais longe e fixou as taxas até ao final do primeiro semestre de 2020.
A decisão do BCE é justificada com a necessidade de “assegurar a continuação da convergência sustentada da inflação no sentido de níveis abaixo, mas próximo, de 2% no médio prazo”.
Trata-se de uma alteração de política que poderá indicar um prolongamento dos estímulos à economia. A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem levado vários bancos centrais a adotar medidas preventivas, com cortes ou manutenção dos juros.
Mário Draghi garante que o teto da inflação continua a ser o objetivo da autoridade monetária, e tudo farão para o cumprir: “Vários membros levantaram a possibilidade de um corte adicional, outros membros falaram no recomeço do programa de compra de ativos ou o prolongamento das indicações sobre política monetária. Deixem-me acrescentar que num cenário de contingências adversas, terá de ser considerado o papel fundamental das políticas fiscais.”
O Banco Central Europeu está preocupado com a guerra comercial entre os Estados Unidos e China e a incerteza com o Brexit e os países emergentes, mas Draghi assegura que “não há probabilidade de deflação e é muito baixa a probabilidade de recessão.”
Para já, o BCE anunciou apenas que a terceira série de financiamento à banca vai arrancar em setembro e termina em Março de 2021, o objetivo é estimular a concessão de crédito dos bancos aos agentes económicos, mas terá taxas menos atrativas que a série anterior.
[Notícia atualizada às 17h11]
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