//Justiça espanhola investiga compra do BPI pelo Caixabank

Justiça espanhola investiga compra do BPI pelo Caixabank

Um juiz da Audiencia Nacional espanhola admitiu um processo colocado por dois acionistas do Caixabank contra o grupo financeiro catalão. Na queixa constam acusações de abuso de informação privilegiada, administração desleal e delitos societários, segundo a imprensa espanhola. A justiça espanhola vai agora investigar essas acusações.

Na queixa contra o Caixabank é defendido que aquelas operações alegadamente irregulares foram cometidas tendo em vista o controlo do BPI. O grupo catalão, que era acionista de referência do banco português desde a década de 90, lançou uma OPA para o controlar. Pagou 664,5 milhões de euros para controlar 84,52% da entidade portuguesa após essa operação.

No processo que está agora na mira da justiça espanhola estão permutas feitas entre o Caixabank e o Criteria, o seu acionista de controlo. Na queixa feita contra a entidade catalã argumenta-se que essas transações foram feitas de forma irregular e que tinham como objetivo a compra do BPI e a concessão de um crédito de 400 milhões de euros ao banco angolano BFA, que era detido pela instituição portuguesa, detalha o jornal catalão El Periodico.

Numa declaração enviada ao Dinheiro Vivo, o Caixabank diz reafirmar “que todas as operações realizadas para a tomada de controlo do BPI bem como a permuta de ações no BEA e na GF Imbursa com a Criteria foram realizadas no cumprimento estrito dos requisitos legais e submetidas ao conhecimento ou autorizações dos reguladores pertinentes”.

Além do CaixaBank a queixa incide também sobre Isidro Fainé, o antigo presidente executivo da instituição financeira, e outros responsáveis da entidade financeira como Gonzalo Gortázar, o atual líder da comissão executiva.

Notícia atualizada às 12:22 com reação do Caixabank

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