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A Câmara Municipal de Leiria manifestou hoje “grande satisfação” pela inclusão da Base Aérea de Monte Real no estudo para a localização do novo aeroporto de Lisboa, que está a ser realizado pela Comissão Técnica Independente (CTI).
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“Esta notícia vem dar-nos ainda mais alento para continuarmos a lutar para que Monte Real possa vir a ter aviação civil, um investimento que, consideramos, vai ter um efeito multiplicador e contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento da Região Centro”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes (PS).
Em comunicado enviado à agência Lusa, a autarquia de Leiria considerou que esta decisão, noticiada hoje pelo jornal Público, resultou de diligências efetuadas por Gonçalo Lopes no início de fevereiro, junto da CTI.
Estas diligências vieram reforçar o conteúdo de uma carta enviada ao primeiro-ministro, em outubro do ano passado, na sequência da apresentação do Projeto de Alta Velocidade Ferroviária, que contempla uma Estação em Leiria.
Segundo a autarquia leiriense, o documento enviado à CTI no início de fevereiro vinca que Leiria, ao ser contemplada com uma paragem da Alta Velocidade, fica a apenas a 40 minutos de Lisboa e a 50 do Porto.
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“A Base de Monte Real passa a reunir condições para ser encarada numa dupla perspetiva: por um lado, como opção de localização do futuro aeroporto, ou, por outro, como base de dimensão regional, especialmente vocacionada para assegurar serviço aeroportuário à Região Centro, atualmente a única região do país sem aeroporto, registando uma crescente procura internacional”, referiu.
Perante este novo contexto, no documento é sublinhado que “Leiria poderá dar um contributo para a resolução do estrangulamento que Portugal regista neste momento no que diz respeito à capacidade aeroportuária, configurando Monte Real uma alternativa de implementação em prazo mais curto que as alternativas até agora conhecidas”.
O presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, tem vindo a defender a abertura da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil, “uma pretensão antiga de amplo consenso nesta região”.
Gonçalo Lopes tem igualmente defendido que “o futuro aeroporto deve localizar-se a norte do rio Tejo, sendo que uma escolha a sul do Tejo deixaria uma imensa região [entre os rios Tejo e Douro] desprovida de um aeroporto que alimente a mais que justa ambição de crescimento, desenvolvimento e abertura ao mundo da população aqui residente”.
A Sul do Tejo encontram-se 1.980.199 residentes, correspondentes a 19% da população nacional, enquanto a norte residem 7.877.394 pessoas, o que corresponde a 76% da população.
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