//Lesados do BES no exterior reclamam solução do governo

Lesados do BES no exterior reclamam solução do governo

A ABESD-Associação de Defesa de Clientes Bancários pediu esta segunda-feira ao governo que encontre uma solução para os cerca de 150 ex-clientes do BES no exterior, incluindo na Venezuela, que sofreram perdas com produtos do grupo e que ficaram de foram do mecanismo anunciado hoje, destinado aos lesados do Banif.

“O governo anuncia hoje a ‘criação de um mecanismo célere e ágil’ para os clientes lesados no Banif, mas, infelizmente, os cerca de 150 emigrantes da Venezuela e clientes das sucursais financeiras exteriores do BES, não estão abrangidos em nenhuma das soluções dos ‘lesados do BES ou BANIF’”, refere um comunicado da ABESD divulgado hoje.

“Apesar da disponibilidade do governo para encontrar uma solução para os emigrantes e clientes das sucursais financeiras do BES, estamos há quase um ano a aguardar a criação de um grupo de trabalho para analisar a nossa situação”, afirma Afonso Mendes, presidente da ABESD, citado no comunicado.

“Ficamos mais uma vez de fora deste ‘mecanismo célere e ágil’, mas estamos obviamente satisfeitos que mais este grupo de lesados bancários esteja a iniciar a resolução do seu problema”, adianta.

A ABESD “reclama uma solução para todos os lesados bancários e que todos os lesados que foram vítimas de venda fraudulenta de produtos bancários, tenham a possibilidade de participar nesse mesmo mecanismo de resolução”.

Lembra que “essa mesma venda desajustada do perfil dos clientes foi já admitida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em documentação que já foi partilhada com todas as entidades envolvidas neste processo”, incluindo o governo, o Banco de Portugal e os deputados. “Contudo, o governo ainda não inclui este grupo de lesados bancários em qualquer solução”.

Ver fonte