O CEO do maior banco privado da Dinamarca, o Danske Bank, anunciou a renúncia ao cargo esta quarta-feira. Thomas Borgen assumiu responsabilidade por aquele que é considerado um dos maiores escândalo de branqueamento de capitais na Europa, envolvendo a falta de controlos na atividade da instituição na Estónia durante um período de oito anos.
“Tornou-se claro que o Danske Bank não esteve à altura da sua responsabilidade no caso do possível branqueamento de capitais na Estónia. É algo que lamento profundamente. Apesar da investigação conduzida pela firma jurídica externa concluir que estive à altura das minhas responsabilidades legais, acredito que o melhor para todos é que me demita”, afirmou Borgen, citado pelo Financial Times.
O caso remonta aos anos de 2007 a 2015, havendo suspeitas de que pela sucursal da Estónia do Danske passaram transações suspeitas, envolvendo parte “significativa” de fundos no valor de 200 mil milhões de dólares titulados por 15 mil clientes. O banco admite que nas transações analisadas, a “vasta maioria” eram transações suspeitas.
“Até aqui, a investigação analisou um total de 6200 clientes que se verifica estarem sob a maior parte dos indicadores de risco. Destes, a vasta maioria foi considerada suspeita. O facto de se considerar que um cliente tem características suspeitas não significa que haja base para considerar suspeitos todos os pagamentos em que este cliente esteve envolvido. No geral, esperamos que uma parte significativa dos pagamentos seja suspeita”, indicou a instituição de Copenhaga.
Borgen, que assumiu a liderança executiva do banco em 2013, vai manter-se em funções até à sua substituição.
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