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O Bloco de Esquerda (BE) garante que parte da taxa turística, na cidade de Lisboa, vai para o investimento em higiene urbana e transportes nas zonas mais sobrecarregadas de turistas.
O BE acrescenta que a parte destinada aos empresários turísticos poderá ser utilizada para as obras de ampliação da FIL, no Parque das Nações.
Em declarações à Renascença, o vereador bloquista na autarquia lisboeta, Manuel Grilo, explica que o assunto já foi abordado mas ainda não está fechado.
“A parte que era do turismo – e que continua a ser do turismo – vai para as obras na FIL, mas o que garantimos é que a parte mais significativa – e esta é a inovação – é que seja investida em higiene urbana e transportes nestas zonas mais sobrecarregadas”, afirma o vereador, até porque é isso que está no acordo do executivo de Lisboa.
Questionado com como será feita a repartição da verba, se um euro para cada parte, o vereador afirma que “não sou capaz de dizer os valores, mas será basicamente essa a repartição”.
A estimativa de receita da taxa turística, em 2019, é de 36,5 milhões de euros, um valor mais do que duplica em relação a este ano.
Manuel Grilo esclarece, também, que “foi-nos apresentada, em termos de monitorização do acordo entre BE e PS, essa intenção de investir no aumento da capacidade da FIL, Parque das Nações”.
O BE aprova? O vereador garante que “o Bloco de Esquerda não se pronunciou sobre esta matéria. O que dizemos é que o investimento deve partir do valor que é alocado ao turismo na taxa turística”.
Ou seja, para o BE é determinante que fique garantida a parte que vai para a limpeza urbana e transportes, porque isso “cumpre o acordo”.
Quanto a utilizar a outra parte nas obras da FIL: “vamos ver, não conhecemos os moldes em que vai ser feito. Foi anunciado genericamente ao BE que há algumas possibilidades de isto acontecer, não conhecemos o plano total, não quero estar a antecipar uma eventual tomada de posição sobre isto”.
Manuel Grilo adianta que não está marcada data para fechar o assunto.
A taxa turística em 2019 passa de 1 euro para 2 euros na cidade de Lisboa. O presidente da câmara Fernando Medina anunciou na Renascença que a taxa vai financiar as obras de ampliação da FIL, no Parque das Nações.
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