A Área Metropolitana de Lisboa e a região Norte concentram praticamente três quartos das ofertas de emprego do país, de acordo com dados publicados esta sexta-feira pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho.
Os dados dizem respeito ao terceiro trimestre deste ano, período em que as empresas e outros empregadores reportaram em inquérito a intenção de recrutarem 37.306 trabalhadores, mais 24% do que em igual período do ano passado (e um aumento de 6% frente ao trimestre anterior).
Destas vagas, 40% concentravam-se na Grande Lisboa e outras 34% no Norte do país, com estas duas regiões a representarem praticamente três quartos das necessidades de recrutamento nacionais. São perto de 28 mil postos de trabalho.
Seguiam-se a região Centro, a oferecer 15% das vagas, o Algarve (4,5%), o Alentejo (2,8%) e os arquipélagos de Madeira e Açores (juntos têm 2,1% das vagas).
É no Norte que mais sobem as vagas de emprego – cresciam 45% face ao terceiro trimestre de 2018 – e as restantes regiões também procuram recrutar mais, com uma única exceção: o Centro, onde as ofertas de emprego desceram em 14%.
O substancial aumento da procura por trabalhadores no Norte reflete em grande medida as necessidades de recrutamento de trabalhadores qualificados para os sectores da indústria e construção. Foram responsáveis por 39% dos postos declarados vagos nesta região durante o terceiro trimestre.
A procura por pessoal qualificado para indústria e construção é também elevada nas ilhas (27,5% das vagas), Alentejo (23,6%), e Centro (20,1%).
Já no Algarve e na Grande Lisboa, não há procura por este tipo de trabalhadores. Junto à capital, os serviços e as atividades intelectuais e científicas têm, em partes iguais, o maior peso nas intenções de recrutamento – ambas as áreas com 26,2% das vagas abertas. Já o Algarve tem quase metade (48%) das suas necessidades de recrutamento nos serviços.
Apesar do aumento das intenções de recrutamento, a taxa de empregos vagos mantém-se ainda nos 1%, idêntica à do terceiro trimestre de 2018. Está em 2,2% na Zona Euro, e em 2,3% na União Europeia a 28.
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