Lisboa e Porto perderam quase cinco mil casas de alojamento local, no quarto trimestre de 2020.
Segundo a Confidencial Imobiliário, observou-se uma “saída de atividade de 4.690 fogos no conjunto das duas cidades face a igual período do ano anterior”, considerando tratra-se de “uma queda expressiva”.
Esta empresa especializada em informação do setor acrescenta que concluiu que “Lisboa deu o principal contributo para esta retirada, com cerca de menos 3.100 fogos em atividade”. Segundo a Confidencial Imobiliário, a capital tem agora cerca de 2.750 apartamentos T0/T1 ativos no alojamento local.
A maioria dos fogos retirados do circuito de oferta localiza-se em Santa Maria Maior e na Misericórdia, sendo que na freguesia de Santa Maria Maior há agora cerca de mil unidades de alojamento local (menos 770) e na Misericórdia há 620 unidades (antes eram 1.250).
No Porto, restam 2.550 T0/T1 dedicados ao alojamento local, tendo saído desta atividade quase 1.600 (1.590).
“Mais de 70% dos fogos que saíram do circuito de atividade na cidade entre os dois períodos localizam-se na União de Freguesias do Centro Histórico. O atual stock de unidades ativas nesta freguesia ronda os 2.110 fogos, menos 1.150 do que as 3.265 contabilizados no 4º trimestre de 2019”, remata o comunicado.
Questionado sobre se considera possível o regresso destas unidades ao serviço do alojamento local, Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, coloca algumas reservas.
“Já em 2019 fizemos um estudo que apontava para a transição de unidades de alojamento local para o arrendamento residencial. Agora, com o congelamento do mercado turístico, essa tendência poderá acentuar-se”, explica à Renascença.
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