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Manifestantes
ambientalistas vão concentrar-se esta segunda-feira junto às representações da Comissão Europeia
em várias capitais europeias, incluindo Lisboa, para protestar contra o óleo de
palma nos biocombustíveis, denunciando os efeitos de desflorestação e impactos
em animais como o orangotango.
A destruição das florestas leva ao fim do habitat natural dos
orangotangos mas também de outros animais, especialmente na Malásia e
Indonésia, dois grandes produtores de óleo de palma.
O uso de óleo de palma nos veículos automóveis, dizem
organizações ambientalistas, está a desflorestar e a drenar turfeiras no
sudeste da Ásia, para a plantação do óleo, e na América do Sul as plantações de
óleo de palma também está a levar a fortes pressões sobre a floresta amazónica.
Segundo a associação ambientalista portuguesa ZERO, que apoia a
iniciativa desta segunda-feira, o biodiesel a partir do óleo de palma é “três
vezes pior para o clima do que o gasóleo fóssil”, sendo que em 2018 mais de
metade do óleo de palma usado na Europa acabou nos depósitos dos veículos.
Ainda segundo a organização, em Portugal foram usados 31 milhões
de litros entre janeiro e setembro do ano passado, quatro vezes mais do que em
todo o ano de 2017.
Hoje, em Lisboa, mas também em Roma, Bruxelas, Berlim, Paris ou
Madrid, manifestantes, alguns disfarçados de orangotango, vão dizer “no meu
depósito não”, apoiados por dezenas de organizações não governamentais.
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