Lisboa continua a destacar-se no mercado imobiliário de luxo e está no top 10 dos mercados com melhor desempenho para o próximo ano.
De acordo com a Knight Frank, parceira da portuguesa Quintela e Penalva, este ano, que está quase a terminar, regista um crescimento médio do preço dos imóveis de luxo, a nível global, de 2,4%, perspetivando-se para o próximo ano um crescimento de 2,5%.
O Dubai é líder nas previsões de preços para 2023 e Auckland está no topo em 2024, com um aumento de 10% dos preços de luxo.
Tendo em conta as 25 cidades monitorizadas, o Dubai surge na terceira posição, com um crescimento de 5%. Já Madrid (5%) e Estocolmo (4,5%) são as cidades europeias com as melhores projeções. A capital portuguesa encontra-se no top 10, ocupando a décima posição com uma previsão de crescimento de 2,5%.
Na origem desta tendência positiva, segundo o mais recente relatório da multinacional inglesa, está um otimismo cauteloso, uma vez que os compradores de imóveis de luxo consideram que os riscos económicos estão a diminuir. O documento assinala, no entanto, que que a oferta continua a ser limitada em várias cidades.
No entender de Kate Everret-Allen, Head of International Residential Research, “alguns compradores de produtos de alta gama estão confiantes de que o pior já passou”.
“Com a inflação a recuar e a subida das taxas de juro a entrar no seu capítulo final, já se sente que o apetite dos mercados está reforçado”, diz, realçando que “os custos da construção, a escassez persistente de mão de obra e o risco das famílias na contratação de crédito para nova habitação está a contribuir para a falta de produto no mercado”.
Ainda de acordo com as previsões anuais da Knight Frank, a percentagem de compradores a pronto nas vendas de imóveis de primeira categoria aumentou de 46% para 52% nos últimos seis meses.
Segundo Francisco Quintela, Partner da Quintela e Penalva l Knight Frank, o relatório de research da Knight Frank aponta para “as eleições como potencial risco para o mercado residencial de luxo e, como maior oportunidade, a flexibilização dos processos administrativos e fiscais, de modo a tornar o mercado imobiliário mais atraente para o investimento estrangeiro”.
“Não obstante, apesar de o cenário em Portugal ser ainda incerto quanto a novas medidas para o setor imobiliário, os investidores estrangeiros continuam a acreditar na nossa capacidade de atrair investimento e a escolher o nosso país para viver”, assegura Francisco Quintela.
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