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A Câmara Municipal de Lisboa assegurou esta quarta-feira que vai criar um apoio específico para os comerciantes do Mercado da Ribeira, que reclamam estar excluídos dos apoios a fundo perdido criados pela autarquia devido à pandemia de Covid-19.
Intervindo na reunião pública da autarquia lisboeta, Ermelinda Simões, comerciante no Mercado da Ribeira, apelou para que a câmara “tenha em consideração” a sua situação e dos colegas que estão excluídos dos apoios municipais a fundo perdido, pois “são obrigados a declarar” as suas casas, localizadas fora da capital, como sede fiscal.
“Precisamos urgentemente de apoio”, sublinhou Ermelinda Simões, falando em nome dos comerciantes do mercado e realçando as “quebras muito grandes nas vendas”, uma vez que dependem essencialmente dos restaurantes e turistas.
Em resposta, o vereador Miguel Gaspar, que tem os pelouros da Economia e Inovação, garantiu que o município, presidido por Fernando Medina (PS), tem intenção de apoiar os comerciantes do Mercado da Ribeira.
“Em que termos ainda não lhe sei dizer porque gostaríamos de compreender melhor a vossa situação antes de decidirmos”, referiu, acrescentando que serão marcadas reuniões para os próximos dias.
O vereador reconheceu ainda a “responsabilidade acrescida do município de Lisboa” para com este equipamento, de gestão camarária, que é também o mercado da cidade com “maior pressão” no que respeita à quebra de vendas.
Os apoios a fundo perdido para os empresários da cidade, anunciados pela câmara no âmbito do Programa Lisboa Protege, destinam-se aos empresários com quebra de faturação superior a 25% e que tenham a sua sede na capital.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.486.116 mortos no mundo, resultantes de mais de 112 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.136 pessoas dos 800.586 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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