A lista de países para os quais o Reino Unido vai criar corredores de viagem que evitam o cumprimento da quarentena imposta devido à pandemia vai ser revelada na segunda-feira, afirmou hoje o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps.
Durante uma audição com a comissão parlamentar dos Transportes, o ministro admitiu que esta é uma questão de “enorme prioridade”, mas que “é muito importante não desperdiçar trabalho fantástico feito pelo país inteiro para controlar” o vírus.
Desde 08 de junho que todas as pessoas que chegam do estrangeiro ao Reino Unido, incluindo britânicos, são obrigadas a permanecer em isolamento durante 14 dias para reduzir a probabilidade de contágio da covid-19.
No dia 29 de junho completam-se as três semanas desde que entrou em prática a medida introduzida para tentar travar a pandemia de covid-19 e o prazo para o governo rever as condições.
Portugal é um dos países que tem manifestado interesse em negociar um “corredor aéreo” com o Reino Unido para poder receber turistas britânicos, que representaram quase 20% do total em 2019.
O tabloide The Sun noticia hoje que França, Espanha, Itália, Grécia, Bélgica, Alemanha e Áustria são alguns dos países europeus que deverão beneficiar do alívio da quarentena, mas que Portugal é considerado de “alto risco” devido aos novos surtos e medidas impostas na zona de Lisboa nos últimos dias.
Esta notícia vai no sentido de uma outra do The Times de terça-feira, que revelou existir de um “debate intenso” sobre a inclusão de Portugal na lista de países com corredores aéreos para o Reino Unido devido ao recente surto no Algarve.
Grant Shapps disse que a escolha vai depender da evolução do número de casos nos respetivos países.
“Queremos garantir que não somos infetados de novo, seja por britânicos que vão para o estrangeiro e regressam, ou por pessoas que vêm para cá desses sítios”, justificou.
O ministro disse os critérios vão ser “não só o nível da doença, mas também a trajetória. Alguns países que têm um nível aparentemente mais baixo podem estar a evoluir no sentido contrário”.
Outras condições são a existência de ao sistema de rastreamento equivalente ao britânico, a capacidade de testagem e as regras de medidas de distanciamento social em vigor.
“É muito importante não desperdiçar trabalho fantástico feito pelo país inteiro para controlar [pandemia]”, adiantou.
De acordo com os dados de hoje, o Reino Unido registou 43.081 mortos desde o início da pandemia covid-19, o mais alto na Europa e o terceiro maior número a nível mundial, atrás dos EUA e Brasil.
Em Portugal, morreram 1.543 pessoas das 40.104 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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