Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), garantiu esta sexta-feira que a única ligação que o banco tem com Isabel dos Santos é através de empresas portuguesas das quais é acionista e que, dessas sociedades, “há uma (em) que pode haver preocupações” e a Caixa está a acompanhar.
“O relacionamento com esse assunto (Luanda Leaks) é com empresas portuguesas. As empresas portuguesas: as Galps, as Nos e Efacecs”, disse Paulo Macedo na conferência de apresentação dos resultados do banco.
O presidente executivo da CGD escusou-se a comentar sobre se o caso afeta a reputação do sistema bancário português e também recusou comentar diretamente a polémica. “Não falo de nomes de clientes”, frisou.
A CGD financiou várias operações de Isabel dos Santos, nomeadamente na tomada de posição na Nos, e a Efacec é uma das devedoras do banco público.
Paulo Macedo salientou que a CGD “é uma das entidades, para não dizer a entidade, que, sistematicamente, mais reporta casos (suspeitos de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo) à UIF (unidade de informação financeira), da Polícia Judiciária.
O caso Luanda Leaks consiste num conjunto de notícias divulgadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação que revelou que Isabel dos Santos terá alegadamente desviado fundos de empresas de Angola, incluindo a Sonangol.
Atualizada às 20H14 com mais informação
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