A presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Gabriela Figueiredo Dias, reconheceu, esta quinta-feira, que o caso Luanda Leaks afeta a confiança dos investidores e a sua perceção em relação ao mercado de capitais português.
“São factos que impactam a confiança dos investidores”, afirmou a presidente do supervisor financeiro quando questionada sobre o caso Luanda Leaks na conferência de apresentação das ‘Prioridades da CMVM 2020’.
Adiantou que o caso, que envolve a empresária angolana Isabel dos Santos, tem impacto em termos de “perceção reputacional no mercado”.
Mas Gabriela Figueiredo Dias adiantou que o caso “não põe em causa a credibilidade dos reguladores”, incluindo da CMVM.
Isabel dos Santos é suspeita de alegadamente ter desviado dinheiro, nomeadamente da Sonangol. A filha do ex-presidente de Angola é arguida em Angola, num processo que envolve ainda outros arguidos, por suspeitas de gestão danosa e desvio de dinheiro.
A empresária angolana é a principal acionista da NOS, em parceria com a Sonae, e é acionista da Galp Energia, de forma indireta. Isabel dos acionistas detém ainda a Efacec e é a maior acionista do EuroBic, tendo ontem o banco anunciado que a posição acionista da empresária será vendida.
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