O lucro do Bankia recuou 22,6% até setembro, para 575 milhões de euros, face a igual período do ano passado, o que se deve, nomeadamente, ao aumento das provisões para crédito de cobrança duvidosa.
O Bankia, que tem uma filial em Portugal, justifica a queda no resultado líquido nos primeiros nove meses deste ano devido “a um resultado inferior nas vendas da carteira de renda fixa (ROF) e ao aumento das provisões associadas ao ritmo de crescimento do malparado”, refere em comunicado hoje enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola.
O resultado líquido, segundo a agência EFE, ficou abaixo das previsões dos analistas, que apontavam para um lucro de 645 milhões de euros nos nove primeiros meses deste ano.
A dotação para provisões e outros resultados foi de 384 milhões de euros no período em apreço, mais 14,5% do que em idêntico período do ano passado.
Estas provisões estão, segundo o Bankia, ligadas “ao custo da venda de carteiras de crédito e à deterioração dos ativos não financeiros”.
Já a margem financeira caiu 1,4% para 1.520 milhões de euros, face aos nove primeiros meses do ano passado, situação que o grupo atribui nomeadamente às vendas e à rotação da carteira de renda fixa realizadas em 2018 e durante este ano e ao aumento da liquidez.
O banco destacou o crescimento da sua base de clientes e o seu maior vínculo à instituição, com os novos pedidos de crédito a aumentarem 1,3% para os 2.074 milhões de euros.
Adiantou ainda que o saldo global no crédito de cobrança não duvidosa supera já os 107.200 milhões de euros.
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