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O BCP fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido de 57,8 milhões de euros, um aumento de 63,8% face ao mesmo período do ano passado. Um resultado alcançado “apesar do reforço de 112,8 milhões de euros nas provisões para riscos legais associados a créditos em francos suíços concedidos na Polónia”, informou o banco liderado por Miguel Maya em comunicado enviado à CMVM.
O resultado antes de imparidades e provisões aumentou 5,8%, para 329,5 milhões de euros, devido ao “reforço expressivo das imparidades e provisões, totalizando 242,8 milhões de euros nos primeiros três meses de 2021”.
A evolução dos resultados do primeiro trimestre é explicada pelo banco pelo “bom desempenho apresentado pela atividade em Portugal, pese embora o mesmo tenha sido atenuado pelo menor contributo da atividade internacional, nomeadamente da subsidiária polaca, fortemente condicionada pelo reforço da provisão extraordinária constituída para fazer face ao risco legal associado aos créditos hipotecários concedidos em moeda estrangeira”. “Este reforço significativo das provisões na subsidiária polaca reflete as tendências negativas das decisões judiciais, o aumento do número de novos processos judiciais e a aplicação de pressupostos mais conservadores na avaliação de risco”, detalha a instituição financeira.
Na atividade em Portugal, o BCP registou um lucro de 83,4 milhões de euros, um resultado superior aos 16,2 milhões de euros apurados no mesmo período de 2020, “tendo beneficiado da melhoria generalizada das várias rubricas da conta de exploração, entre as quais se destacam a redução das imparidades e provisões, no montante de 38,2 milhões de euros, e o aumento da margem financeira, que se fixou 18,1 milhões de euros acima do montante alcançado no primeiro trimestre de 2020”.
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Na atividade internacional, o BCP registou prejuizos de 25,6 milhões de euros, valor que compara com 19,1 milhões de euros positivos apurados no trimestre homólogo do ano anterior.
A margem financeira situou-se em 376,0 milhões de euros nos primeiros três meses de 2021, que compara com 385,5 milhões de euros contabilizados no mesmo período do ano anterior. “Esta evolução incorpora duas dinâmicas distintas, caracterizadas, por um lado, pelo bom desempenho da atividade em Portugal e, por outro, pela redução verificada na atividade internacional”.
As comissões líquidas ascenderam a 177,9 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, situando-se 1% abaixo dos 179,8 milhões de euros alcançados no trimestre homólogo do ano anterior.
Já os custos operacionais registaram uma diminuição de 6,4%. Totalizaram 258,6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2021, “beneficiando da evolução favorável registada quer na atividade em Portugal, quer na atividade internacional”.
Quanto aos rácios de capital e de liquidez, o banco indica que o rácio CET1 se situou em 12,2%, “acima dos requisitos regulamentares”.
(Notícia actualizada)
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