O Banco Montepio registou um lucro líquido consolidado de 3,6 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a uma quebra de 77% face ao lucro obtido em igual período de 2018.
O banco explica a descida no lucro com “os impactos negativos resultantes do menor contributo do Finibanco Angola [-5,0 milhões de euros em relação ao período homólogo de 2018], da menor eficiência fiscal face à verificada no primeiro semestre de 2018 [mais 8,5 milhões de euros em impostos] e da diminuição do produto bancário”.
A margem financeira recuou para 120,1 milhões de euros, de 134,2 milhões de euros na primeira metade do ano passado. O produto bancário deslizou 9,2% para 182,2 milhões de euros.
Pela positiva, o banco registou, no período, uma quebra de 7,3 milhões de euros nos custos operacionais e uma descida de 12,4 milhões de euros das dotações para imparidades e provisões, “incorporando os efeitos das medidas adotadas em sede de aprovação, concessão e controlo de crédito”, destaca o Montepio no comunicado com os resultados, divulgado esta sexta-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Segundo o Montepio, “os resultados semestrais são compatíveis com o desenvolvimento do negócio e da atividade previstos para o primeiro semestre de 2019 e estão em conformidade com os resultados orçamentados para o corrente ano”.
Lembra que “em linha com o previsto no Plano de Transformação está projetada, para os próximos três anos, a execução da estratégia para tornar o Banco Montepio mais competitivo, eficiente e digital, focado na qualidade de serviço ao cliente” e frisa que “o corrente ano de 2019 constitui o período mais exigente da execução” do Plano.
Menos crédito
O crédito a clientes recuou 966 milhões de euros, em termos homólogos, para 11.660 milhões de euros, “evidenciando uma política comercial responsável e uma gestão de risco exigente na concessão de crédito”.
Em termos de crédito malparado, “o final do primeiro semestre de 2019 o rácio de NPE (non performing exposure) atingiu 14,7%, traduzindo o efeito favorável da redução de exposições não produtivas (-0,2 pontos percentuais) e o efeito desfavorável induzido pela diminuição da carteira de crédito (mais 0,6 pontos percentuais) face ao rácio de final de 2018″.
“Os recursos totais de clientes aumentaram, com os depósitos a crescer para 12.680 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Uma subida de 198 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado.”, adiantou o banco.
O rácio de liquidez atingiu os 196,8%, “acima do mínimo regulamentar de 100%, e que compara com 160,5% no final de 2018”.
Quanto aos rácios de capital CET1 e Capital Total (phasing-in), fixaram-se em 13,7% e 15,2%, respetivamente, e os ativos ponderados pelo risco diminuíram em 830 milhões de euros, face a junho de 2018, para os 10.429 milhões de euros.
Atualizada às 17H54
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