O Novo Banco fechou o semestre co m um lucro de 370 milhões de euros, em comparação com o mesmo periodo do ano anterior representa uma queda de 0,8%.
Esta já era uma quebra esperada, depois do recorde registado no último ano, e é justificada com a fatura fiscal e com provisões para “inovação e simplificação”, ou seja, o banco colocou dinheiro de lado para investimento.
São 30 milhões, o valor que a instituição decidiu provisionar “para o processo de transformação”, destinado ao “programa estratégico de inovação e simplificação que o banco tem em curso”.
A nível fiscal, o Novo Banco ainda está a descontar prejuízos anteriores, mas estes valores começam a baixar, o que já se fez notar no primeiro semestre de 2024. Recordo que a 3 de agosto o Novo Banco faz dez anos e assinala-se também uma década desde a resolução do BES.
Pela positiva, destaque no primeiro semestre para o aumento da margem financeira, a diferença entre os juros cobrados pelos empréstimos e os que são pagos nos depósitos, que chegou aos 595 milhões de euros, mais 13,5%. As comissões aumentaram 11%, para 161 milhões de euros.
No crédito, só os empréstimos para consumo subiram, e o malparado caiu de 4,9 para 4,1%.Os depósitos aumentaram, para 29 mil milhões de euros, quase mais mil milhões.
O banco ainda tem direito a receber pelo menos 185 milhões de euros do Fundo de Resolução, depois da vitória parcial no tribunal arbitral. O valor final ainda está a ser acertado pelas partes.
Novo Banco revê em alta as contas para 2024 e espera mais de 700 mil euros de lucro
Mark Bourke, presidente do banco, apresentou esta quinta feira um cenário mais otimista aos analistas para este ano. Segundo as novas perspectivas da administração, o Novo Banco deverá fechar o ano com lucros acima dos 700 milhões, ou seja, com pelo menos mais 50 milhões do que a anterior previsão. O produto bancário deverá ultrapassar 1.400 milhões de euros.
Sustentam as novas contas com o aumento dos clientes e do volume de negócios.
Bourke reafirmou ainda que o banco está pronto para o IPO (Oferta Pública Inicial), a abertura do capiital em bolsa, aguarda apenas o fim do Acordo de Capital Contingente, que termina no final de 2025 mas pode ser antecipado um ano. O Fundo de Resolução já fez saber que não se opõe a uma antecipação.
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