O Santander Portugal registou um lucro líquido de 390,6 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, um aumento de 1,5% face a igual período de 2018.
“(O resultado) está bem encaminhado para que este ano o banco vá atingir o melhor resultado de sempre da história do Banco Santander em Portugal”, disse Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do banco, na conferência de imprensa para apresentação dos resultados.
A margem financeira caiu 1,8% para 644,5 milhões de euros, enquanto o produto bancário subiu 3,9% para 1.020,5 milhões de euros, anunciou o banco esta quinta-feira. As comissões líquidas cresceram 6% para 286,5 milhões de euros.
Os recursos de clientes cresceram 5,3% para 42,3 mil milhões de euros, suportados no aumento de 4,8% nos depósitos e de 8,1% dos recursos fora de balanço.
“Os resultados dos primeiros nove meses do ano evidenciam o crescimento sustentado do banco, fruto da estratégia seguida e de uma aposta clara na prestação de um serviço mais próximo e focado no cliente, apoiado na transformação digital”, afirmou Pedro Castro e Almeida, citado num comunicado com os resultados.
Os custos operacionais recuaram 2,3% para 453,7 milhões de euros.
A carteira de crédito do banco emagreceu 2,4% devido à venda de créditos não produtivos, atingindo os 40,4 mil milhões de euros. O rácio de crédito malparado (non-performing exposure ou NPE) desceu para 3,4%, uma melhoria de 1,6 pontos percentuais em termos homólogos.
O banco concedeu 1.512 milhões de euros de novo crédito à habitação desde o início deste ano, reforçando a sua quota de mercado neste segmento em 0,4 pontos percentuais, para 18,2%, em termos de stock de crédito.
Em termos de digitalização, o banco registou um aumento de 12% no número de clientes digitais, que atingiu os 773 mil em setembro.
Os rácios de capital do banco registaram melhorias. O rácio CET1 fixou-se em 16,7% no final de setembro deste ano, contra 12,9% no mês homólogo de 2018. Em termos de liquidez, o rácio LCR (liquidity coverage ratio) situava-se em 140% no final do terceiro trimestre.
O espanhol Santander anunciou ontem uma queda homóloga de 35% no lucro líquido nos primeiros nove meses deste ano. O grupo registou um lucro de 3,7 mil milhões de euros, tendo os resultados de Portugal contribuído com 385 milhões de euros, um aumento de 12% em termos homólogos. Os resultados do Santander foram afetados pelos impactos negativos feitos no fundo de comércio no reino Unido e de custos de reestruturação.
No primeiro semestre deste ano, o Santander Portugal, banco liderado por Pedro Castro e Almeida, registou um aumento de 4,6% no seu lucro líquido para 275,9 milhões de euros. O presidente executivo do Santander Portugal alertou, na apresentação de resultados semestrais, que previa uma quebra de rentabilidade na banca devido à conjuntura macroeconómica, com um abrandamento do crescimento, regulação, concorrência e taxas de juro em mínimos.
Atualizada às 12H29 com mais informação
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