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Os lucros da Corticeira Amorim subiram 20,6% nos primeiros seis meses do ano, face a igual período de 2021, para 48 milhões de euros, anunciou a empresa esta terça-feira.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Corticeira Amorim salienta que, “após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, o resultado líquido atingiu 48 milhões de euros no final do primeiro semestre, uma subida de 20,6% face ao mesmo período de 2021”.
Já excluindo “as alterações no perímetro de consolidação, o resultado líquido cresceu 14,1%”.
No período em análise, as vendas da Corticeira Amorim cresceram 25,9%, em termos homólogos, para 546 milhões de euros.
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“A consolidação, desde 01 de janeiro, da atividade das empresas do grupo SACI (SACI) contribuiu significativamente para as vendas consolidadas da Corticeira Amorim – excluindo este efeito, o crescimento das vendas teria sido de 12,7%”, adianta a empresa.
A empresa salienta que, “apesar de alguns sinais de abrandamento no segundo trimestre, todas as unidades de negócio registaram um crescimento das vendas”.
Esta evolução “reflete a melhoria do ‘mix’ de produto, a subida de preços e o crescimento de volumes” e a evolução cambial teve também “um impacto positivo nas vendas”, sendo que, “excluindo este efeito, as vendas teriam subido 24,2% (11,0% excluindo as alterações do perímetro de consolidação)”.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) consolidado cresceu 26,9% para 98 milhões de euros no semestre.
“Excluindo o contributo da SACI, o crescimento do EBITDA foi de 13,2%, em linha com a evolução das vendas no período” e, “ainda que as pressões inflacionistas, particularmente na energia, matérias-primas e transportes, tenham continuado a penalizar os resultados, os maiores níveis de atividade e a melhoria do ‘mix’ de produto foram decisivos na proteção da rentabilidade”, acrescenta.
A empresa destaca o “contributo positivo do grupo SACI, aportando 57 milhões de euros de vendas e três milhões de euros de resultado líquido”.
No final de junho, a dívida remunerada líquida era de 71 milhões de euros, o que compara com 53 milhões de euros um ano antes.
“O primeiro pagamento relativo à aquisição da participação de 50% na Saci (25 milhões de euros), a aquisição dos restantes 50% da Cold River’s Homestead (15 milhões de euros), o acréscimo das necessidades de fundo de maneio (41 milhões de euros), o aumento do investimento em ativo fixo (34 milhões de euros) e o pagamento de dividendos (27 milhões de euros) contribuíram para o crescimento da dívida remunerada líquida face ao final do ano de 2021”, justifica a Corticeira Amorim.
Por unidade de negócio, as vendas de rolhas somaram 402 milhões de euros, um crescimento de 29% (10,7% excluindo alterações perímetro de consolidação).
A Corticeira Amorim adianta que “todos os segmentos de rolhas registaram uma evolução positiva das vendas, bem como a generalidade das categorias de rolhas — destacando-se as rolhas Neutrocork, que continuam a apresentar um crescimento forte”.
As vendas da unidade de revestimentos registaram um aumento de 21,7% para 77 milhões de euros, as de aglomerados compósitos ascenderam a 62 milhões de euros (+7,1% face ao período homólogo).
“Os segmentos, Aerospace, Multi-purposes Seals & Gaskets e Mobility continuam a apresentar melhor desempenho, suportando uma melhoria significativa do mix de produto. As joint-ventures Amorim Sports, Corkeen e, a mais recente, Korko, mantiveram um grande dinamismo, permanecendo um importante motor de crescimento”, adianta a empresa.
A unidade de negócio isolamentos “reverteu a contração das vendas verificada nos primeiros três meses do ano, terminando o semestre com um crescimento de 10,6%”.
A Corticeira Amorim sublinha que “os maiores custos operacionais (nomeadamente decorrentes do aumento do preço de energia) e o aumento do preço de consumo de cortiça penalizaram os resultados operacionais”.
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