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A REN registou lucros de 96,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 18,2% em relação ao período homólogo, adiantou a empresa, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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Numa outra nota, divulgada esta sexta-feira, a empresa disse que “registou uma sólida ‘performance’ operacional nos primeiros nove meses de 2023, face ao mesmo período do ano anterior”.
O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) da REN atingiu 395,5 milhões de euros, crescendo 9,6%, “suportado pela atividade doméstica (+27,7 milhões de euros), mas também pelo contributo positivo da atividade internacional (+6,9 milhões de euros)”, lê-se na mesma nota.
REN indicou ainda que “o desempenho operacional contribuiu para a melhoria do resultado líquido” sendo, porém, “impactado por menores resultados financeiros (-9,7 milhões de euros) e impostos mais elevados (+7,9 milhões de euros)”.
O investimento (capex) da empresa aumentou 51,1 milhões de euros, atingindo 177,1 milhões de euros, “com destaque para os investimentos feitos na interligação à Rede Elétrica Nacional de novos projetos de energias renováveis”.
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Por sua vez, os custos operacionais da REN “diminuíram 4%, para 82,2 milhões de euros, beneficiando da redução dos custos de eletricidade no terminal de GNL (-9,6 milhões de euros) e apesar do aumento do quadro de pessoal, de 699 para 729 colaboradores”, destacou.
Já a dívida líquida do grupo subiu 420,3 milhões de euros, atingindo 2.464 milhões de euros, adiantou a REN.
Segundo a empresa, “sem o efeito dos desvios tarifários, a dívida teria diminuído 252,7 milhões de euros, para 2.290,4 milhões de euros”.
“Em linha com o seu plano estratégico, a REN prevê o pagamento de um dividendo intercalar, relativo ao exercício de 2023 até ao final deste ano”, salientou.
A empresa disse que nos primeiros nove meses do ano, “o consumo de eletricidade manteve-se relativamente estável” em 37,5TWh (terawatts hora), “enquanto o consumo de gás natural diminuiu 19,7% (para 38,0TWh)”.
De acordo com a REN, “a energia proveniente de fontes renováveis representou 55,2% do fornecimento total de energia (tendo já aumentado para 67% incluindo o mês outubro), repartida por 24% de energia hídrica, 18% de energia eólica, 8% de energia solar e 6% de biomassa”.
A empresa destaca ainda o crescimento de 43% em termos homólogos, da produção de energia solar.
A REN revelou também que “foram submetidos os projetos do corredor de hidrogénio verde H2MED a Projeto de Interesse Comum (PIC) da UE, aguardando a sua análise técnica até ao final do ano”.
A empresa recordou que em outubro, “formalizou juntamente com outros TSOs Europeus (Enagas, GRTgaz/Teréga e OGE) um acordo para o desenvolvimento do primeiro corredor de hidrogénio na Europa”.
A REN garantiu ainda que “continua também focada em desenvolver a Rede Elétrica Nacional no sentido de viabilizar a ligação de novas centrais solares, em construção ou projeto, cumprindo assim as metas de descarbonização definidas pelo Governo Português no âmbito do PNEC 2030”.
Notícia atualizada às 17.51 horas.
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