//Lucros do BPI caem para 49,2 milhões no primeiro trimestre

Lucros do BPI caem para 49,2 milhões no primeiro trimestre

O BPI registou lucros de 49,2 milhões de euros no primeiro trimestre, registando uma queda de 60% face ao mesmo período de 2018. O lucro líquido da atividade em Portugal representou 45,5 milhões de euros (92,5% do resultado consolidado), anunciou o banco liderado por Pablo Forero à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em comunicado, o BPI explica a descida dos lucros com o impacto de dois factos ocorridos no ano passado: a venda da participação na Viacer e as reversões de imparidades de 11 milhões de euros.

O BCI, participação financeira do BPI em Moçambique, gerou um contributo positivo de 3,7 milhões de euros entre janeiro e março.

A margem financeira cresceu 5,2% para os 106,8 milhões de euros, “apoiada pelo crescimento da carteira de crédito”, aponta o banco.

Já as receitas de comissões líquidas caíram 5,2 milhões de euros face a 2018 para 60,4 milhões. “Excluindo o efeito decorrente das vendas dos negócios de cartões, acquiring e banca de investimento, as comissões aumentaram (perímetro comparável) em 3,3 milhões de euros, no mesmo período”.

O produto bancário recorrente abrandou, diminuindo 8 milhões para 174,1 milhões de euros, “fruto sobretudo da diminuição dos resultados em operações financeiras e outros proveitos operacionais”, explica a instituição bancária.

Os depósitos dos clientes, que representam 71% do ativo e constituem a principal fonte de financiamento do balanço, aumentaram 152 milhões de euros para 21.312 milhões.

Também o volume de crédito a empresas cresceu de forma significativa (8,5%) para 9.349 milhões de euros. Face ao trimestre anterior, a carteira do segmento de grandes e médias empresas e Corporate & Investment Banking cresceu 1,6%, para 7.230 milhões e a carteira de crédito a empresários e negócios registou um ligeiro decréscimo (-2,5%), para 2.119 milhõwa. A quota de mercado de crédito às empresas continuou a subir, cifrando-se em 9,9% em janeiro deste ano.

A carteira total de crédito a clientes, em termos brutos, subiu 0,3% para 23.546 milhões, no primeiro trimestre de 2019. O crédito à habitação correspondeu a 231 milhões de euros e o crédito ao consumo representou 1.430 milhões de euros.

Quanto à qualidade dos ativos, o BPI afirma que o rácio de NPE – Non-performing Exposures (que inclui o crédito mal parado) baixou duas décimas para 3,3%, sendo que a “elevada qualidade da carteira de crédito permitiu a recuperação de 3,3 milhões de euros de créditos anteriormente abatidos ao ativo”.

“A elevada qualidade da carteira de crédito permitiu a recuperação de 3,3 milhões de euros de créditos anteriormente abatidos ao ativo”, afirma o BPI.

O rácio de CET1 (fully loaded) ascendeu a 13,5% e o rácio total (fully loaded) cresceu para 15,2%. O rácio de leverage situou-se nos 7,2% em março de 2019. O BPI cumpre assim por margem significativa os novos rácios mínimos exigidos pelo Banco Central Europeu (BCE) para 2019 em matéria de CET1, Tier 1 e rácio total.

Notícia atualizada pela última vez às 8:36

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