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O Banco Montepio teve lucros de 35,3 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, mais do triplo face aos 11,4 milhões de euros do mesmo período de 2022, foi hoje divulgado.
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“Esta evolução favorável foi determinada pelo aumento do produto bancário, com destaque para a margem financeira e para as comissões, e pela maior reversão do custo com imparidades e provisões, em particular as relacionadas com o risco de crédito”, referiu o Montepio num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), onde destaca que, por outro lado, as contribuições regulatórias para o setor bancário “ascenderam a 11,3 milhões de euros”.
Os custos operacionais totalizaram 65,9 milhões de euros nos primeiros três meses de 2023, mais 13,7%.
Apenas os custos com pessoal subiram 17,6% para 41,8 milhões de euros. Segundo disse o banco em comunicado, excluindo os custos do programa de redução de trabalhadores os gastos com pessoal teriam aumentado 6,6%.
No final de março, o grupo Banco Montepio tinha 3.409 trabalhadores, mais três do que em dezembro passado. A rede do Montepio em Portugal manteve-se em 239 agências.
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A margem financeira (diferença entre juros pagos nos depósitos e juros cobrados no crédito) cresceu 70,4% para 90,2 milhões de euros, beneficiando do aumento das taxas de juro, enquanto as comissões subiram 8,7% para 32,7 milhões de euros.
A instituição regista que o crédito a clientes (bruto) era 11.971 milhões de euros em 31 de março de 2023, menos 2,3% em termos homólogos.
Já os depósitos de clientes eram, à mesma data, 12.678 milhões de euros — um recuo homólogo de 0,6% -, com os particulares a representarem 73% do total.
Quanto à qualidade dos ativos, as exposições não produtivas (NPE) reduziram-se em 74 milhões de euros (menos 11% em cadeia), caindo o rácio NPE para 4,8%, que compara “favoravelmente com os 7,8% apurados em 31 de março de 2022, materializando uma descida de 0,5 pontos percentuais no trimestre”.
Líquido de imparidade, o rácio NPE para riscos de crédito foi de 2,0%.
Também a exposição ao risco imobiliário caiu (8,8%) no ano acabado em 31 de março de 2023, havendo uma redução para 363 milhões de euros e passando a representar “um peso inferior a 2,0% do ativo líquido” do banco — uma das metas do plano estratégico.
O Banco Montepio melhorou também a sua solvabilidade, tendo o seu rácio CET1 aumentado 0,9 pontos percentuais em termos homólogos para 13,6% – apesar da redução de 0,1 p.p. em cadeia.
O banco Montepio é detido pela Associação Mutualista Montepio Geral.
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