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O futuro chefe de Estado brasileiro, Lula da Silva, anunciou, esta sexta-feira, que o senador do Partido dos Trabalhadores (PT), Jean Paul Prates, será o novo presidente da maior empresa estatal do país, a Petrobras.
“Gostaria de anunciar a indicação do Jean Paul Prates para a presidência da Petrobras. Advogado, economista e um especialista no setor de energia, para conduzir a empresa para um grande futuro”, indicou Lula da Silva, no Twitter.
Em declarações ao portal G1, Jean Paul Prates mostrou-se um defensor da intervenção do Estado na gigante petrolífera.
“A Petrobras se ajustará às diretrizes que o Governo, tanto como governo quanto como acionista majoritário, determinar. Mas certamente todos neste processo irão levar em conta a conciliação entre ter vantagem de se produzir petróleo e combustíveis no Brasil e o retorno do investimento de acionistas e parceiros”, declarou o futuro presidente da estatal.
No início do mês, Lula da Silva garantira que iria modificar o plano de investimento quinquenal anunciado pela petrolífera Petrobras porque pretende alterar as prioridades da empresa, segundo a sua equipa de transição.
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“Um novo plano será elaborado com base nas orientações estratégicas e prioridades dos representantes do novo governo”, disse o coordenador do maior sindicato da Petrobras e membro do Grupo de Trabalho de Minas e Energia da equipa de transição de Lula da Silva, Deyvid Bacelar.
Apesar de Lula da Silva só tomar posse a 1 de janeiro, a direção da Petrobras rejeitou o pedido da equipa de transição para adiar por um mês a aprovação do seu plano estratégico para o período quinquenal 2023-2027, que prevê investimentos no valor de cerca de 78 mil milhões de euros.
Os investimentos previstos para os próximos cinco anos são 15% superiores aos anunciados no plano anterior e são também superiores à média dos últimos cinco planos (cerca de 72 mil milhões de euros).
De acordo com a nova estratégia aprovada pela maior empresa do Brasil, 82% dos investimentos irão para projetos de exploração e produção de petróleo e gás natural, principalmente no pré-sal, uma área geológica em águas muito profundas do Atlântico onde a Petrobras descobriu gigantescas reservas de hidrocarbonetos.
A Petrobras, uma empresa controlada pelo Estado com ações negociadas nas bolsas de São Paulo, Nova Iorque e Madrid, concentrou durante vários anos os seus investimentos na produção de petróleo, a sua atividade mais rentável.
Como resultado, vendeu vários ativos nas áreas de refinação e energia, e abandonou os seus negócios na distribuição de combustíveis e energias renováveis.
Lula da Silva (que liderou o país de 2003 a 2010) também defendeu que a Petrobras deve voltar a adotar uma quota local na construção das suas plataformas para impulsionar a indústria de construção naval do Brasil.
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