Criada há mais de 30 anos, a SIBS é detida pela banca e gere a rede multibanco, liderando o sistema de pagamentos em Portugal. As suas soluções chegam a mais de 300 milhões de utilizadores em vários países. Numa entrevista rara, Madalena Cascais Tomé, presidente executiva da fintech portuguesa, afirma que a revolução digital em curso no setor financeiro é uma oportunidade, que a empresa quer crescer no exterior e que continua a analisar uma parceria estratégica, com a potencial entrada de um novo acionista.
Já foi aprovada a lei que obriga os bancos a partilhar os dados com as empresas concorrentes, como as fintech, permitindo acesso a essa informação a tempo real desde que tenha consentimento do cliente. Reconhece que estas novas regras a nível europeu trazem perigos adicionais?
Sim, a diretiva, de facto, foi aprovada. A PSD2 (diretiva de serviços de pagamentos) é uma diretiva europeia e a EBA (Autoridade Bancária Europeia), a autoridade que emitiu as technical guidelines (directrizes técnicas), já as tinha publicado e agora o que aconteceu foi e promulgação da lei no espaço nacional. Mas, na prática, o prazo já contava a partir de que as guidelines (directrizes) foram aplicadas, para que entrasse em pleno vigor a partir de setembro. Os testes destas API (interface de programação de aplicações) e destes acessos vão começar em março e isso vai ter de estar em completo funcionamento a partir de setembro. Esta é uma diretiva sem precedentes em qualquer indústria porque, na prática, qualquer setor abrir as contas dos seus clientes a outros setores é novo, e não é à toa que esta diretiva demorou vários anos a ser discutida pelos vários stakeholders (partes interessadas). Desde logo, pelos bancos, que vão ter de abrir os dados dos seus clientes a outros setores mas terão, a bem dos clientes, de manter todas as questões de risco e segurança precavidas. Desde logo, também pelas fintechs e todas as empresas tecnológicas, que podem querer aceder a estes dados para introduzir novas experiências para os clientes finais, para eles próprios aumentarem a sua exposição e as jornadas dos seus clientes e completarem-nas com os dados de pagamento, e também com muitos contributos daquilo que são os clientes finais. Porque, obviamente, tratando-se de informação sensível de acesso a dados financeiros e bancários, também eles querem ter a certeza que, ao poderem ter acesso a novas experiências, não estarão a prescindir de temas de segurança, que, ao final do dia, são muito importantes.
Mas esses riscos existem?
Existem e é curioso que, ao mesmo tempo, a Europa está a discutir a proteção de dados, que acaba por ser uma regulação que vem complementar essa componente de segurança. Isto para dizer que é uma diretiva que vemos como uma enorme oportunidade para contribuir para a digitalização dos pagamentos e dos vários setores mas que também vemos que é algo que tem de ser feito com muita responsabilidade. Vai ser muito importante perceber, com a sua plena entrada em vigor, como é que os vários setores vão evoluir neste novo enquadramento.
É a SIBS que vai facilitar o acesso aos dados às fintech?
Sim. Estamos a trabalhar em Portugal numa plataforma que vai apoiar os bancos. A própria implementação desta diretiva… e porque estas API têm de ser partilhadas com acessos com um nível de segurança muito elevados, têm esforço de implementação por parte dos próprios bancos. E é esse esforço que estamos a facilitar com uma plataforma de API que vai servir os vários bancos em Portugal e que vai servir os TPP (third party providers ou fornecedores terceiros) ou as entidades que se queiram ligar, para que as TPP possam aceder de forma fácil, prática, com acesso a um sandbox (um site onde um software pode ser testado) que possa facilitar o desenvolvimento e o teste de novos casos de uso e, no fundo, contribuindo para dinamizar este novo ecossistema.
Garante que está tudo operacional quando a lei entrar em vigor?
A plataforma já está operacional. Estamos já a começar alguns testes com alguns TPP e os testes mais abrangentes, já com API, vão começar já a partir do final do primeiro trimestre. E em setembro estaremos operacionais para disponibilizar a plataforma.
Mas a autoridade da concorrência identificou barreiras à entrada das fintech.
Sim, quer dizer… não partilhamos dessa visão. Porque, na prática, esta diretiva vem normalizar o acesso, não só do lado dos bancos, ao facilitarem o acesso, mas também do lado das fintech porque, hoje em dia, já existem várias entidades que acedem a dados bancários de uma forma não regulada, através de screen scraping (cópia de dados para utilização numa aplicação ou serviço), que é uma forma menos segura de aceder às contas bancárias. Portanto, esta diretiva traz esta preocupação adicional e vem garantir que estes TPP têm também eles de se registar. Deixa de ser possível que qualquer entidade, sem qualquer tipo de registo, deixe de aceder às contas bancárias e deixa de ser possível que o faça através de um acesso menos seguro. A preocupação que a Comissão Europeia e o legislador europeu teve foi de garantir que há também uma normalização do acesso pelos TPP.
Esta lei dos pagamentos digitais vai significar alterações ao sistema bancário tradicional. Para a SIBS, que tem uma posição confortável no sistema de pagamentos em Portugal, o que é que vai mudar na prática?
Para a SIBS, nada vai mudar. Na prática, trabalhamos já num ecossistema que incorpora, não só as entidades financeiras, mas também um conjunto de fintechs. Muitas das principais a operar em Portugal trabalham com soluções da SIBS. Este caminho de parceria e colaboração, vemos como muito positivo e estamos a trilhar ainda antes desta diretiva. Lançámos em 2015 aquele que foi o primeiro programa de aceleração de fintechs em Portugal na área dos pagamentos e na área da automatização.
Não teme perda de influência no sistema de pagamentos em Portugal?
Pelo contrário. Os pagamentos eletrónicos e a digitalização são uma tendência que está em permanente aceleração. A tecnologia é multivariada e, de facto, acreditamos que um ecossistema vibrante de novas experiências, casos de uso e serviços, não só para clientes finais… muitas destas fintech trazem soluções para as próprias empresas, para a SIBS por exemplo. Na Web Summit, temos no nosso stand a demonstração de soluções que desenvolvemos em parceria com algumas fintechs – por exemplo. uma vending machine (máquina de vendas) com uma fintech que colaborou com o nosso programa de aceleração. Achamos que o importante é o estímulo à digitalização, aos pagamentos eletrónicos e contribuir para termos uma cashless society (sociedade sem dinheiro) em Portugal em pleno.
A SIBS desenvolveu a app MB Way mas tem recebido algumas críticas. Fintechs têm acusado a empresa de tentar condicionar a concorrência ao criar uma app fechada e o próprio Banco Central Europeu veio dizer que os esforços devem ser concentrados em soluções europeias, que não é o caso. Reconhece alguma razão nestas críticas?
De todo. Desde logo, porque o MB Way foi lançado no final de 2015, quando a Europa ainda não falava em pagamentos instantâneos. À data de hoje, passados três anos, fomos pioneiros em Portugal a lançar uma solução de pagamentos instantâneos e em dotar os portugueses de uma forma de pagar, entre pessoas, muito ágil e em tempo real. Prova disso, é que hoje estamos prestes a atingir um milhão de utilizadores e algo curioso é que cerca de 85% das transferências feitas são abaixo dos 50 euros, que é muito significativo, se pensarmos que, geralmente, estas transações são feitas em cash (dinheiro), sem serem precisos trocos que, como sabemos, são uma forma pouco prática de pagar.
Hoje, 70% das movimentações de dinheiro ainda são feitas em dinheiro vivo.
Sim. Esta percentagem aumenta nestes pagamentos de baixo valor e, portanto, é, obviamente, muito interessante. O facto de um milhão de portugueses, que é quase a totalidade dos mobile banking users (utilizadores de serviços bancários através do telemóvel) e um sexto da população bancarizada já escolher o MB Way como a sua bolsa de pagamento preferida. E ouvirmos constantemente que as pessoas podem andar sem carteira e podem fazer compras, transferências e levantar dinheiro é o melhor elogio que podemos ouvir. Agora, no advento do esquema europeu de instant payments (pagamentos instantâneos) vamos evoluir para criar mecanismos de interoperabilidade mas que só são possíveis à medida que outros países vão avançando e desenvolvendo as suas soluções de instant payment.
A concorrência à SIBS não vem apenas das fintech mas também através dos pagamentos tradicionais, através das máquinas de multibanco. Esta semana apareceu mais um concorrente: o Eurobic e a Evo Payments. Há também o MyPOS… esta concorrência obriga a SIBS a internacionalizar-se ainda mais?
O Eurobic é nosso cliente, não é nosso concorrente. Não, de todo. Como disse há pouco, há ainda um peso importante de transações em cash (dinheiro) e, portanto, vemos a concorrência com bons olhos, na medida em que vêm estimular de meios eletrónicos de pagamento.
Não vem daí um estímulo adicional para a internacionalização?
Vem, como sempre, um estímulo para sermos cada vez melhores no que fazemos. Somos uma referência a nível mundial em eficiência, conveniência, segurança e inovação. Temos inúmeros casos de uso em que fomos os primeiros a lançar soluções de pagamento, como o caso do MB Way, e a nossa missão é continuarmos a ser um processador de referência. É óbvio que, estando numa atividade de escala como os pagamentos, e sendo o mercado europeu, o nosso desígnio é crescer, que é uma tendência também no resto da Europa e, portanto, temos a ambição de crescer internacionalmente. Estamos a dar passos nesse sentido. O nosso crescimento internacional começou por ser orgânico. Estamos em África em três do top cinco de geografias africanas. Estamos na Europa e agora, recentemente, anunciámos a compra de um acquirer (empresa que processa cartões de débito e de crédito) na Polónia, a PayTel, com uma quota de mercado significativa e isso demonstra que a internacionalização é um desígnio que temos estamos a prosseguir.
Neste momento, já têm definidos os alvos? A SIBS quer aumentar as receitas em 25% para 200 milhões de euros em cinco anos e já assumiu que continuará atenta a oportunidades de aquisição na Europa.
Exato. Com o desígnio de crescer o peso da nossa atividade internacional de 8% para 15%. Estamos presentes em mercados que, estão eles, também em acelerado crescimento e queremos continuar a ser um player (participante) relevante e a consolidar a nossa aposição nesses mercados.
Tem alvos adicionais na Europa, neste momento?
Temos alvos adicionais mas a prioridade é crescermos nos mercados onde estamos presentes e estudar oportunidades de consolidação nesses mercados.
Quanto é que tem disponível para fazer aquisições, neste momento?
Não vou revelar essa informação porque, na prática, passa muito mais pelo desígnio estratégico e pela oportunidade.
A SIBS está à procura de um novo acionista. Como está esse processo?
Foi comunicado que estamos a analisar uma potencial parceria estratégia, enquadrado no contexto europeu neste setor e estes movimentos de consolidação que têm ocorrido na Europa. É um processo que está a decorrer com naturalidade, sem prazos. Estamos a avaliar parceiros industriais e está a ser liderado pelo conselho de administração. Temos um plano estratégico ambicioso para os próximos cinco anos e estamos decididos a perseguir essa visão.
Como é que tem corrido este ano, em termos de resultados, para a SIBS?
Muitíssimo bem. As transações e a eletronização dos pagamentos é uma tendência que se continua a verificar. Tipicamente, a altura de maior número de transações é no Natal. Este ano, atingimos em julho os mesmos níveis que tivemos no Natal do ano anterior. Portanto, estamos com um crescimento de cerca de 10% nas compras e a bater recordes de transações. Sobretudo, estamos num ano de grande dinâmica em projetos de inovação. Estamos a fazer um investimento sem precedentes em novas plataformas. Só este ano, lançámos a plataforma de instant payments (pagamentos instantâneos) conta a conta no paradigma europeu. Estamos a lançar a plataforma de open banking (banca aberta)/API, fizemos um upgrade (melhoria) à nossa plataforma de anti-fraude e segurança para estar capacitada com as mais recentes tecnologias de deteção de fraude. Estamos numa grande dinâmica e isto traduz bem o empenho e o compromisso que temos em continuar a desenvolver o sistema de pagamentos em Portugal. Há poucas empresas que estejam a fazer este nível de investimento e desenvolvimento tecnológico. Estamos num ano muito positivo.
E em termos de resultados financeiros?
São em linha com este crescimento e esta ambição.
No mês passado repetiram-se os problemas técnicos na rede de multibanco. Como é que os explica?
Como temos uma arquitetura complexa, active/active (em que há uma duplicação)… processamos mais de oito milhões de transações por dia, é uma arquitetura única no contexto europeu do ponto de vista de resiliência. Infelizmente, tivemos uma falha de infraestrutura e as equipas muito prontamente atuaram. Foi num período noturno de menos utilização e isso foi bastante observado. Continuamos a fazer investimentos e esta arquitetura active/active resultou de um grande investimento que fizemos para atualizar a nossa plataforma e, de outro modo, teria sido algo com outro tipo de repercussões, como tivemos oportunidade de assistir ao longo do ano, noutros eventos, com outros sistemas de pagamento.
É expectável que, com o maior uso da rede, esses problemas se repitam com maior frequência?
Não, de todo. Isto foi um caso excecional. Foi um componente física, não foi uma componente lógica do sistema. Depois deste incidente, toda a componente física teve uma revisão integral e, portanto, não é expectável que volte a suceder. Adicionalmente, temos um nível de resiliência que minimiza o número de situações em que pode acontecer.
Quando há um problema no multibanco, não podemos levantar dinheiro, não podemos fazer pagamentos, não há MB Way, há alguns serviços que são afetados nos bancos… O facto de haver esta rede, que traz naturalmente vantagens, não pode significar também uma vulnerabilidade para o sistema, quando há uma falha?
Temos uma infraestrutura que preconiza isso, com dois data centers em active/active, algo completamente único, que é como ter duas SIBS a funcionar a todo o momento. Essas redes estão geolocalizadas em sítios completamente diferentes, com todas as redundâncias, para que algo que aconteça em um dos sistemas, possa acontecer no outro. Neste caso concreto, porque se tratava de uma entrada em produção, uma parte deste sistema não estava operacional ao nível que devia estar e foi uma componente técnica, física, que está a ser substituída e que não voltará a suceder.
Alguma vez houve tentativas de intrusão no sistema da SIBS mais relevantes?
Temos assistido também aos sistemas de cibersegurança estarem cada vez mais na ordem do dia e os vírus recentes, que têm sido percebidos, são conhecidos de todos. Temos uma equipa e sistemas em permanência que nos protegem contra essa situação. O facto de não ser uma notícia é, em si mesmo, um resultado dessa atuação.
Mas já teve algum contacto, algum alerta que a deixasse mais preocupada?
São temas obviamente sensíveis e que, por motivos óbvios de segurança, não poderei comentar. O que posso dizer é que podemos estar descansados. E o facto de, em todos estes anos – pelo menos desde que estou na SIBS – ter havido um problema pontual em agosto… Mas não tem havido mais notas de incidentes e isso é resultado de uma arquitetura muito sofisticada, que trabalha de forma quase invisível, para que estejamos seguros e a pagar com toda a segurança.
Só para clarificar: esse incidente teve que ver com uma tentativa de intrusão?
Não, teve que ver com uma componente de infraestrutura física.
Falando de caixas de multibanco: desde 2011, ano em que chegou a troika, já foram eliminadas 2400 caixas de multibanco. Este ano há menos 220. Isto tem que ver com a reestruturação que o sistema financeiro foi obrigado a fazer nos últimos anos. Este processo vai continuar nos próximos tempos, de serem eliminadas caixas de multibanco?
Espero que sim, seria um motivo positivo de que as transações são cada vez mais eletrónicas. E acrescentar que, apesar desta redução de caixas multibanco, Portugal continua a ser o segundo país na Europa com mais ATM per capita e o número de movimentos nas caixas multibanco não diminuiu. O que significa que temos caixas multibanco a mais e que, a bem da eficiência e a bem de acompanhar a tendência natural de redução de cash (dinheiro), o fecho da rede de balcões irá manter-se e poderá ser acelerada.
Mas nós damos como adquirida esta rede física, que conta com mais de 11 mil caixas de multibanco. Mas, daqui a décadas, o dinheiro ainda vai passar por aqui?
Diria que sim. A redução do número de caixas de multibanco não significa, em proporção, a redução do número de localizações. Pelo contrário, o facto de o número de movimentos se ter mantido constante indicia isso. Acredito que, apesar de toda a tecnologia, de todos os players (participantes) novos que estão a entrar no ecossistema, o dinheiro tem mantido alguma resiliência. Está a acelerar e o facto de o e-commerce (comércio electrónico) estar a acelerar, contribui para isso. Mas o dinheiro terá sempre resiliência e as caixas multibanco têm uma particularidade adicional que é ter um conjunto de outras funcionalidades que não são propriamente cash (dinheiro), o que é único na Europa. Mais de 50% das operações realizadas no multibanco não são cash. Ou seja, servem muitos portugueses com menos acesso à internet, por exemplo, no carregamento de títulos de transporte, nos pagamentos de faturas e ao Estado. Esse serviço continuaremos seguramente a disponibilizar.
Tivemos esta semana a Web Summit. A SIBS esteve presente. Que balanço faz desta semana?
Um balanço muito positivo. A Web Summit é uma iniciativa muito importante para Portugal. É o maior evento em tecnologia e empreendedorismo na Europa. Traz um ecossistema vibrante que, nesta semana, está localizado em Lisboa. Estamos na Web Summit desde a primeira edição. É um espaço para dar visibilidade àquilo que fazemos – com muito orgulho de termos um dos sistemas de pagamentos mais sofisticados do mundo – e também para networking (fazer contactos), troca de experiências. E, no nosso caso, com o programa SIBS Pay Forward, temos a oportunidade de contactar com startups, fintechs, novos talentos. É uma semana intensa, que aproveitamos ao máximo.
Muito intensa também em pagamentos e transações.
Sim. É algo que também acompanhamos e, até ontem, o número de utilização de cartões estrangeiros – que é um bom indicador dos estrangeiros que nos visitam nesta feira – cresceram 20% face à semana homóloga de 2017.
Que nacionalidades? A SIBS tem esses dados relativos às nacionalidades que mais tiveram relevo esta semana?
Sim. No top estarão o Reino Unido, Espanha, EUA e França também com uma origem destacada neste evento. O Reino Unido até mais do que o ano passado, fruto do próprio ecossistema de fintechs que também está muito acelerado nessa geografia.
São essas as nacionalidades que habitualmente estão no top de pagamentos?
Sim, diria que os EUA menos, mais concentrado nesta altura, o Reino Unido também. França é o país que está com mais destaque noutros momentos do tempo.
Sobre as comissões nos levantamentos nas caixas ATM, já há acordo entre a SIBS e a Euronet nesta matéria?
Não se trata de comissões. As redes de ATM selecionam, naturalmente, os sistemas de pagamento que querem disponibilizar. Concretamente, a rede que refere disponibiliza um conjunto de marcas de pagamento – menos do que as da rede multibanco – e, recentemente, expressou a intenção de disponibilizar a marca multibanco na sua rede. E, obviamente, que, tendo interesse em prosseguir isso, estão a ser dados passos para o fazer.
Quem for agora levantar dinheiro nessas máquinas da outra rede já não vai ter custos nessas transações, é isso?
Os custos é um tema que é do domínio da rede e como terá implementado e o preçário que quererá colocar aos seus clientes. Na prática, estão a ser dados passos para que esta entidade possa disponibilizar nas suas máquinas a aceitação e os levantamentos multibanco. Há uma legislação em Portugal que diz que estes levantamentos não deverão ser cobrados mas isso é uma prática comercial dessa empresa, que não me compete comentar.
Então, a SIBS está a trabalhar com essa empresa nesse sentido?
É mais essa empresa que terá de fazer os desenvolvimentos técnicos para disponibilizar esta marca de pagamentos, obviamente cumprindo todos os requisitos de segurança, operacionais e todas as diligências junto do regulador que terão de ser feitas para o efeito.
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