A espanhola Nadia Calvino já não é candidata à liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI). O anúncio foi feito pelo Governo espanhol, quando já decorrem as votações para o candidato único europeu ao cargo.
A primeira ronda de votações terminou sem consenso e, segundo o jornal “El Pais”, Espanha quer “promover o consenso entre os países da União Europeia para escolher uma candidatura comum”.
“O Governo de Pedro Sanchez continuará a trabalhar para impulsionar a gestão dos organismos internacionais e considera uma honra que qualquer um dos seus governantes possa ser considerado, agora e no futuro, como uma garantia ao mais alto nível para o seu funcionamento”, refere a mesma nota oficial citada pelo diário.
O ministro das Finanças português foi o primeiro a anunciar que não iria a votos nas eleições desta sexta-feira, mas que fica na reserva para uma eventual solução que seja aceitável para todos. Ou seja, se nenhum candidato conseguir os votos necessários.
Nesta altura, restam três candidatos ao cargo da francesa Christine Lagarde, que vai liderar o Banco Central Europeu: Jeroen Dijsselbloem, antigo ministro das Finanças holandês, Kristalina Georgieva, diretora executiva do Banco Mundial (que foi também adversária de António Guterres na corrida ao posto de secretário-geral da ONU), e Olli Rehn, atual governador do Banco da Finlândia.
A votação está a decorrer segundo as regras europeias de maioria qualificada, que estipulam que o eleito tem de recolher o apoio de 55% dos países-membros representando pelo menos 65% da população da UE. Podem ser organizadas várias fases de votação, se for necessário.
Há favoritos?
Na sexta-feira, a agência Bloomberg e o “Financial Times” anunciaram que Centeno e Calvino estariam fora de hipótese, o que foi negado por um porta-voz do ministro francês de Bruno Le Maire.
Espera-se que o sucessor seja nomeado até 4 de outubro.
A tradição dita que o candidato apontado pela Europa fique com o cargo – enquanto um norte-americano tem liderado o Banco Mundial -, pelo que se pede um consenso na UE para que o nome seja aprovado.
Na semana passada, a Bloomberg anunciava que o bloco europeu considerava possível que o presidente norte-americano Donald Trump quebrasse esse compromisso, que os países emergentes também consideram caduco.
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