Os seis maiores bancos a operar em Portugal registaram lucros acima de 950 milhões nos primeiros três meses do ano.
A Caixa
Geral de Depósitos liderou o grupo, quase duplicou os lucros para 285 milhões.
Foi seguida pelo BCP, com os maiores ganhos na banca privada, um aumento de
mais de 90% face ao período homólogo, para 215 milhões.
O
Santander surge em terceiro, com um aumento de quase 20% dos resultados, e o
BPI é o quarto, apesar dos lucros terem crescido 75%.
O Novo Banco, na quinta
posição, subiu os resultados em 4%, mas para 148 milhões.
O
sexto é o Montepio, que fechou o trimestre com mais de 35 milhões de euros, ou
seja, quase triplicou o resultado do primeiro trimestre do ano anterior.
As
comissões apresentam aumentos ligeiros, subiram 2% para mais de 600 milhões de
euros. Ou seja, são as margens financeiras que acabam por explicar os lucros da
banca, a diferença entre os juros pagos e os que são cobrados aos clientes.
Juros
engordam lucros da banca
Depois
de um longo período de juros historicamente baixos, a banca está a aproveitar o
combate à inflação pelo Banco Central Europeu para cobrar pelo financiamento da
economia, através dos juros cobrados nos créditos. Ao mesmo tempo, atrasa a
atualização dos juros oferecidos pelos depósitos, o que aumenta a margem
financeira.
Contas
feitas, só nos primeiros três meses do ano, a margem financeira dos seis
maiores bancos que operam em Portugal subiu 70,3%, em comparação com o período
homólogo, para 2,08 mil milhões de euros.
A
carteira de créditos e os depósitos sofreram ligeiras descidas, na ordem dos
0,4%, mas nada que afete os resultados.
Muitas
destas fugas justificam-se com a inflação e os elevados encargos, que fez
aumentar o número de amortizações antecipadas dos empréstimos, para aliviar as
prestações, e os levantamentos para investimento em produtos com maior retorno,
como os certificados de aforro.
Destaque
ainda para o mercado de trabalho. No final do primeiro trimestre estes seis
bancos (CGD, BCP, Santander, BPI, Novo Banco e Montepio) tinham menos 344
trabalhadores e menos 74 agências.
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