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Para 58% das 561 empresas que
responderam ao inquérito sobre as compras e vendas no pós-estado de emergência,
no âmbito do estudo “Sinais Vitais”, da CIP, em parceria com o ISCTE, as suas encomendas em carteira tinham
caído 45% (em média) em relação a 1 de junho do ano passado. 16% conseguiram
manter o mesmo nível e, para 5%, as encomendas aumentaram significativamente:
mais de um terço, em média.
Boa parte destas empresas
pertence ao setor industrial e Pedro Dionísio, professor universitário do
Marketing FutureCast Lab, do ISCTE, alerta que nos próximos tempos vão ter,
naturalmente, uma quebra acentuada no volume de negócios.
Mas para João Almeida Lopes,
presidente da APIFARMA e vice-presidente da CIP- Confederação Empresarial de
Portugal-, que esteve na conferência de imprensa em que foi apresentado o
estudo, há empresas de outros setores, nomeadamente comércio e serviços, que
também registam quebras nas encomendas. “E só daqui a algum tempo é que
poderemos ver os danos, com maior profundidade”.
Outro dado referido no relatório
é o aumento de empresas (de 7%, a 1 de junho, para 10%, no dia 15) que ainda
não tinha recorrido ao lay-off simplificado, mas que admitia vir a fazê-lo. O
prazo termina esta terça-feira e as que aderirem podem usar este mecanismo
durante três meses. É o que poderá ocorrer com algumas empresas que revelaram
maiores quedas nas encomendas.
Quase dois terços das empresas
que participaram neste inquérito já estão em laboração plena e um terço,
parcialmente. Só uma percentagem marginal (3%) está ainda encerrada.
Mais de 70% das empresas não teve
qualquer dificuldade em adquirir os produtos ou serviços quando retomaram a
atividade, mas para 29% houve dificuldades que acabaram por afetar as vendas de
maio em 32%. 80% dos fornecedores mantiveram os prazos de pagamento, mas os
outros aumentaram, em média, 34 dias.
Para três quartos das inquiridas
as vendas caíram, em média, quase metade em relação à mesma altura do ano
passado. Mas para 7%, que se centraram nas necessidades básicas e atuais, as
vendas cresceram significativamente, acima dos 30%.
Um quarto manteve os clientes
habituais, enquanto as restantes conseguiram novos clientes que lhes
garantiram, em média, 15% das vendas de maio.
A adesão aos novos canais
digitais ainda é quase residual, mas foi uma aposta ganha para os 8% de
empresas que apostaram neles: as vendas aumentaram, em média, 54%.
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