Mais de 66% dos empresários e gestores dizem estar pessimistas sobre o futuro do país e mostram o cartão vermelho ao Governo.
Cerca de 77% defendem uma remodelação que inclua as pastas ligadas à atividade empresarial (Finanças, Economia, Trabalho, Infraestruturas, Ambiente, Agricultura e Mar). Outros 17% continuam a defender novas caras no executivo de António Costa, mas sem especificar áreas.
Apenas 5% rejeitam a necessidade de mudar a equipa governativa.
Quando questionados sobre o que está mal na economia, 8 em cada 10 defendem que está demasiado dependente do turismo. Para 7 em cada 10, o preço da habitação é demasiado elevado e podemos vir a enfrentar uma “bolha imobiliária”.
Quando olham para a própria empresa, o cenário não é tão negro: quase metade até revela otimismo.
A maioria continua a afastar o recurso aos fundos que estão a chegar de Bruxelas – mais de 6 em cada 10 não contam beneficiar do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência). Apenas 10% têm projetos apresentados, enquanto 23% admitem receber indiretamente este apoio.
Sobre o atual recuo no desconfinamento, só 27% esperam um impacto grave nos resultados da empresa e 7% muito grave. São mais os que admitem um efeito moderado nas contas (37%).
Só 10% preveem diminuir os trabalhadores até ao final do ano, a maioria (63%) continua apostada em manter a força de trabalho e 27% esperam mesmo contratar. Ainda assim, a maioria das novas contratações será para trabalho precário: contratos a prazo (39%), prestação de serviços (24%) ou estágios profissionais (10%). Apenas 27% dos novos contratos poderá ser sem termo.
A fechar, uma curiosidade: a moda das criptomoedas ainda não convenceu os empresários e gestores cristãos. Uma clara maioria, mais de 9 em cada 10, diz nunca ter investido nem pensa colocar o dinheiro nestas moedas virtuais.
O barómetro do mês foi realizado entre os dias 5 e 8 de julho, junto dos associados da ACEGE.
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