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“As maiorias absolutas podem muito, mas podem muito pouco contra maiorias sociais. As maiorias sociais fazem mover montanhas, e até maiorias absolutas, fazem tremer o mundo e é para isso que aqui estamos”, defendeu a líder bloquista.
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Catarina Martins falava na sede do Bloco de Esquerda, em Lisboa, no encerramento do ‘Inconformação’, um encontro de jovens do partido, momento em que fez um balanço do primeiro ano desde que o PS venceu as eleições legislativas com maioria absoluta, que se assinala na segunda-feira.
“Por estes dias temos um ano de maioria absoluta, às vezes parece que foi muito mais tempo, eu bem sei. (…) Um ano de maioria e o que temos é a absoluta precariedade das vidas de quem vive do seu trabalho em Portugal. Um ano de maioria absoluta e o que temos é a absoluta arrogância de quem não ouve o país”, criticou.
Catarina Martins continuou, dizendo que o Governo tem demonstrado “um absoluto desprezo pelas dificuldades de quem vive do seu trabalho”, uma “absoluta cumplicidade com o privilégio da elite que fica sempre com mais” e ainda uma “absoluta incapacidade de responder ao país”.
“Já quase dá vontade de lembrar ao PS o que dizia António José Seguro [antigo secretário-geral socialista]: que é mesmo obrigatório separar a política dos negócios”, afirmou.
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Para a coordenadora do BE, “é na capacidade de organizar forças para exigir um país com futuro” que está “a chave” dos dias que correm, e as soluções para o país.
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