//Mais de 200 trabalhadores da Martifer em “lay-off”, reforço de capitais “fica sem efeito”

Mais de 200 trabalhadores da Martifer em “lay-off”, reforço de capitais “fica sem efeito”

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A Martifer anunciou que a sua fábrica de estruturas metálicas OF2 entrou esta sexta-feira em regime de “lay-off” parcial até final do mês, medida que abrange mais de 200 trabalhadores daquela unidade.

Em comunicado hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Martifer aponta o contexto da pandemia de Covid-19 e o seu impacto nas perspetivas económicas e na evolução da reativação das cadeias de fornecimento e das encomendas agora suspensas como razões para suspender a atividade.

“A subsidiária Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. decidiu recorrer à medida de ‘lay-off’ parcial simplificado (…), com a suspensão temporária de contratos de trabalho de parte dos seus trabalhadores, abrangendo, entre 01 e 31 de maio de 2020, 181 trabalhadores da unidade a fábrica de estruturas metálicas OF2 e 38 dos trabalhadores de ‘back office’ com funções exclusivas de apoio a esta unidade fabril”, refere a empresa.

A Martifer aponta que o impacto da pandemia tem “originado fortes perturbações no exercício da atividade de uma das suas unidades fabris, nomeadamente a fábrica de estruturas metálicas OF2, resultantes, designadamente da interrupção das cadeias de abastecimento de matéria-prima e da suspensão de encomendas ou obras, situação que se vem verificando, e agravando, desde o final do mês de março”, altura em que Portugal entrou em estado de emergência.

A empresa “mantém em laboração todas as restantes unidades industriais do grupo em Portugal, nomeadamente em Oliveira de Frades (fábrica de fachadas e alumínio), e os estaleiros de Viana do Castelo e de Aveiro, e tem expectativas de que, na referida fábrica de estruturas metálicas OF2, a atividade seja reposta após o período mencionado”.

A aplicação destas medidas excecionais e temporárias “visa garantir a manutenção dos postos de trabalho e a melhor salvaguarda do futuro da empresa e do seu universo de colaboradores”, conclui a empresa.

Operação de reforço de capitais suspensa

No mesmo comunicado enviado à CMVM, a Martifer informa que fica sem efeito a operação de reforço de capital que iria também servir para cobrir resultados transitados negativos, aprovado pelos acionistas em dezembro, e que tinha como prazo o final de abril.

A empresa confirma a cessação de efeitos das deliberações da reunião magna extraordinária de 18 de dezembro de 2019, “por os referidos contratos de suprimentos não terem sido concretizados nos prazos estabelecidos e aprovados”.

No entanto, lê-se no mesmo comunicado, a Martifer “continuará a procurar implementar medidas de reforço de capitais, sendo que informará tempestivamente o mercado se e quando tais medidas se encontrarem em condições de ser implementadas”.

“Precludiram os efeitos das deliberações aprovadas na assembleia-geral extraordinária de acionistas reunida na sede social no dia 18 de dezembro de 2019”, refere a empresa, recordando os dois pontos na ordem de trabalhos aprovados naquela data.

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