//Mais de 80% das emissões de dívida em 2021 tinham prazo superior a nove anos

Mais de 80% das emissões de dívida em 2021 tinham prazo superior a nove anos

O IGCP aumentou as emissões de dívida pública portuguesa nos prazos mais longos no ano passado, com mais de três quartos das emissões totais com prazo superior a nove anos, acima dos 59% em 2020, foi divulgado esta quarta-feira.

“O ambiente de taxas de juro particularmente baixas, sustentado pelo programa de compras do BCE, bem como a procura registada por maturidades mais longas, permitiu um aumento das emissões nos prazos mais longos, com as emissões com mais de nove anos a representar 83% do total emitido, que compara com uma parcela de 59% em 2020”, refere o relatório anual de 2021 da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

A instituição presidida por Cristina Casalinho indica que em contraste, “na parte média da curva (entre os seis e os nove anos) emitiu-se 17% do total, que compara com 34% nas emissões de 2020.

O IGCP aponta que a maturidade média da dívida de médio e longo prazo emitida em 2021 situou-se em 14,2 anos, superior ao registado em 2020 (10 anos).

“Com este aumento, a maturidade média do ‘stock’ da dívida subiu ligeiramente, para 7,7 anos em dezembro de 2021 (incluindo empréstimos oficiais)”, indica.

A agência recorda ainda que existiu uma diminuição do peso do financiamento realizado através de operações sindicadas e leilões regulares, em contraponto com um aumento do peso dos leilões de troca, já que se realizaram quatro leilões de troca em 2021 e apenas duas em 2020.