//Mais de metade dos clientes dos bancos aderiu ao online mas usam pouco

Mais de metade dos clientes dos bancos aderiu ao online mas usam pouco

Mais de metade dos clientes particulares dos bancos em Portugal aderiu aos canais digitais mas a taxa de utilização ainda é baixa, segundo um inquérito feito pelo Banco de Portugal junto do setor.

Preocupações com segurança são o maior obstáculo à utilização efetiva dos canais digitais de entidades financeiras, tanto no caso de particulares como no das empresas. O desconhecimento das novas tecnologias e a falta de literacia financeira dos clientes foram apontados como sendo constrangimentos ao uso daqueles canais.

No total, 58% das instituições financeiras inquiridas reportaram que mais de metade dos seus clientes particulares já tinham aderido ao canal online. Mas só 27% das entidades responderam que mais de metade dos clientes utilizou efetivamente o canal online.

A adesão às aplicações móveis dos bancos cresceu, entre 2016 e 2018 mas apenas 35% das instituições financeiras indicaram taxas de adesão superiores a 50%.

No caso dos clientes empresariais, 75% dos bancos indicaram que mais de metade das empresas aderiu aos canais digitais e a taxa de utilização é mais elevada do que nos particulares. Na maior parte dos bancos, mais de metade das empresas tinha utilizado os serviços online.

Em 25% dos bancos em Portugal, já é possível abrir uma conta à ordem exclusivamente online e 32% permitem a abertura de conta via telemóvel. Atualmente, já todos os bancos disponibilizam serviços online aos clientes particulares, tendo como principal objetivo a fidelização do cliente. No caso das empresas, 63% das instituições já disponibilizam serviços via Internet para o segmento empresarial.

No crédito, 56% das instituições oferecem empréstimos pessoais via Internet e 47% disponibilizam o acesso a cartões de crédito. Nos próximos dois anos, 40% das instituições pretendem disponibilizar crédito automóvel pela Internet. Algumas também preparam a disponibilização de acesso a crédito à habitação online, pelo menos a algumas etapas do processo.

Estas são as principais conclusões do ‘Segundo Questionário sobre Canais Digitais’ do Banco de Portugal, que é relativo ao ano de 2018, divulgado esta segunda-feira. O primeiro foi feito sobre o ano de 2016.

Foram inquiridas ao todo 38 instituições financeiras, incluindo 20 bancos, representativas de 95% do mercado de contas de depósito à ordem e crédito aos consumidores.

Segundo o documento, as instituições estimam que a procura por canais digitais continue a crescer significativamente nos próximos dois anos, nomeadamente no acesso móvel.

Uma novidade, em termos de autenticação dos clientes, é que, no caso das aplicações móveis, a maioria das instituições já recorre a dados biométricos do cliente, como a impressão digital e o reconhecimento facial.

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