//Mais de metade dos portugueses substituiria carro da empresa por opção mais ecológica

Mais de metade dos portugueses substituiria carro da empresa por opção mais ecológica

As necessidades de mobilidade na sociedade estão a mudar rapidamente em toda a Europa após a pandemia, segundo aponta o mais recente estudo conjunto da Free Now e da Kantar, em que 57% dos portugueses inquiridos afirmaram que abdicariam do seu veículo da empresa, substituindo-o por um orçamento de mobilidade – um esquema de benefícios alternativo às viagens de negócios tradicionais que oferece aos colaboradores um subsídio mensal para viajarem utilizando todos os meios de transporte disponíveis em plataformas como a Free Now.

Cerca de 73% da amostra, composta por 4554 pessoas da Alemanha, Áustria, Espanha, Itália, Irlanda, Polónia, Portugal, Roménia e França, revelou considerar atrativo se o seu empregador financiasse esta opção, com Portugal a assumir-se o terceiro país da Europa com mais interesse em tê-la disponível, ficando apenas atrás da Itália e Roménia.

Esta análise dá ainda conta de que 53% dos portugueses admitiram que iriam mais frequentemente ao escritório se tivessem este orçamento disponível. Apesar disso, 46% acredita que a tendência será para uma redução das viagens em contexto de trabalho.

Com os benefícios globais de mobilidade a assumirem popularidade entre os colaboradores, juntamente com o subsídio de alimentação, a opção de teletrabalho e carro da empresa, a população lusa, comparativamente com o resto da Europa, é ainda a mais ligada ao carro da empresa que lhe é atribuído, segundo o estudo. Os aspetos mais inconvenientes da utilização do carro particular para os portugueses são o custo dos combustíveis (33%), o tráfego congestionado (29%), a poluição (22%) e a falta de estacionamento (20%).

O estudo revela ainda que as pessoas têm apresentado uma preocupação crescente sobre o impacto que as suas deslocações podem ter a nível ambiental, pelo que o orçamento de mobilidade reúne vários benefícios na perspetiva dos portugueses. Para os inquiridos lusos, as grandes vantagens passam pela redução da procura de estacionamento (55%), redução das emissões de CO2 (54%) e possibilidade de ofertas mais sustentáveis (49%).

“Queremos contribuir para aumentar a flexibilidade e eficiência das deslocações urbanas, bem como reduzir as emissões e dependência de automóveis particulares. Numa cidade de mobilidade puramente partilhada são necessários cerca de 90% menos veículos. Para muitas empresas, a mobilidade é parte integrante da sua estratégia de compensação e benefícios e tornar-se-á ainda mais importante na retenção de talentos. As empresas terão de modernizar os seus esquemas de benefícios empresariais nos próximos anos e integrar alternativas de mobilidade mais ecológicas, tais como o Orçamento de Mobilidade para os colaboradores. Esta transição acarreta muitos desafios e será uma alternativa mais flexível para as viagens pendulares”, observa Bruno Borges, general manager da Free Now em Portugal, citado em comunicado.