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Em 2020, O fisco arrecadou mais 11 milhões de euros no ano passado numa ação referente ao designado processo Malta Files. Este montante surge de uma ação junto de uma só empresa, diz o mais recente relatório anual de combate à fraude e evasão fiscal da Autoridade Tributária.
Já em 2019, a Autoridade Tributária (AT) tinha embolsado nove milhões de euros de impostos adicionais de dezenas de sócios portugueses da Deloitte.
Segundo noticia hoje o jornal Expresso, o relatório volta a abordar o projeto especial da AT sobre Malta. “Consistiu na investigação de situações relacionadas com o designado esquema ‘Malta Files’, relacionado com o aproveitamento abusivo do regime fiscal que vigora em Malta, utilizado por diversas empresas e indivíduos com o objetivo de reduzirem a tributação efetiva dos lucros obtidos e/ou não serem tributados no seu país de residência, por aplicação do regime da “Participation Exemption””.
De acordo com a AT, em 2020, foram concluídas sete investigações administrativas, “tendo uma das ações resultado numa regularização voluntária por parte do sujeito passivo, com a entrega de declarações de substituição Modelo 22”.
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Essas declarações resultaram no acréscimo à matéria tributável de IRC no valor de 42,2 milhões de euros e traduziram-se no pagamento de imposto e juros compensatórios num total de 10,9 milhões de euros. Segundo o Expresso, a empresa que procedeu a este pagamento não foi identificada.
O Malta Files é um projeto jornalístico do consórcio EIC – European Investigative Collaborations.
Nessa investigação, publicada em maio de 2017, foi divulgado que havia 423 cidadãos portugueses acionistas de empresas em Malta, entre os quais Joe Berardo, Nuno Vasconcellos, Miguel Pais do Amaral, João Gama Leão, Eduardo Rodrigues e Alfredo Casimiro, entre outros.
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