O antigo ministro da Economia garantiu esta quinta-feira que foi convidado pela própria Universidade de Columbia para dar aulas e que nunca falou com a EDP antes de ter aceitado.
“Foi o reitor” respondeu Manuel Pinho à pergunta sobre de quem partiu o convite para lecionar uma cátedra na universidade norte-americana sobre energias renováveis. Perante a insistência do Partido Socialista, Pinho declarou que “é falso” dizer que a questão foi discutida previamente com a elétrica que veio a patrocinar o curso.
O antigo governante alongou-se depois a explicar que não é professor na Universidade de Columbia no sentido de ser catedrático. “Não sou professor. Tecnicamente sou professor adjunto. Só na minha escola existem 250”, declarou Pinho.
Já na terça-feira, o administrador da EDP, João Manso Neto, tinha afirmado que o convite a Manuel Pinho tinha partido da Universidade de Columbia e não da elétrica.
O ex-ministro procurou depois desmontar o argumento de favorecimento para lecionar naquela instituição. “Já tive oportunidade de lecionar em Yale, na Austrália, na China e é fruto de muito trabalho e muita dedicação”, confessando que nunca “pensou dar aulas em três das 30 melhores universidades do mundo.”
Bolotas para o “porquinho”
Durante a primeira ronda de perguntas dos deputados, o antigo ministro da Economia aproveitou para refutar a ideia de que os CMEC serviam para valorizar a EDP num futuro processo de privatização. “Por mais que se dê bolota a este porquinho, ele não engorda”, declarou Manuel Pinho.
O antigo governante explicou que os lucros da elétrica se mantiveram sempre a rondar os mil milhões de euros desde 2007, apesar de a empresa admitir um impacto negativo dos cortes nesta componente.
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