O Presidente da República português permanece no Panamá até domingo para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).
À pergunta se espera ser o chefe de Estado a poder receber as JMJ, em Lisboa, como chefe de Estado, começou por dizer: “Eu tenho dito que a minha decisão é só em meados de 2020”.
“Saio daqui — e amanhã [domingo] admito que mais — com uma grande vontade de, se Deus me der saúde e se eu achar que sou a melhor hipótese para Portugal, com uma grande vontade de me recandidatar”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado sobre o que o faz ter dúvidas, o Presidente português adiantou: “Tenho de ter saúde e tenho de ver se não há ninguém em melhores condições para receber o papa”.
O chefe de Estado português falava aos jornalistas depois de ter participado na missa presidida pelo papa Francisco na basílica de Santa Maria la Antigua, padroeira do Panamá, e antes de um encontro com o seu homólogo panamiano.
Marcelo Rebelo de Sousa, assumidamente católico praticante, chegou ao Panamá na sexta-feira à noite para participar nas suas primeiras JMJ.
“(…) Estou, verdadeiramente, muito entusiasmado, primeiro porque há muitos peregrinos portugueses, segundo porque há uma presença muto grande de episcopado português, terceiro porque há a presença — que sei que é muito significativa aqui para o Panamá — da imagem [peregrina] de Nossa Senhora de Fátima”, declarou.
Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa referiu não esconder que veio “na expectativa, no desejo de que no final destas jornadas” haja uma “grande alegria para Portugal”, com a eventual realização da próxima edição da JMJ ser em Lisboa.
“Para nós, além de possível, é desejável. E todos nós já começamos a sonhar, mas só podemos sonhar, verdadeiramente, a partir de domingo, mas começamos a sonhar com o que será junto ao Tejo poder haver o acolhimento de milhares e milhares e milhares de jovens de todo o mundo, numa grande jornada de juventude, de fé, mas também de paz, de diálogo, de tolerância, de entendimento e poder isso realizar-se em Portugal que tem defendido a paz, a tolerância e o entendimento”, acrescentou.
As JMJ são um encontro de jovens de todo o mundo com o papa, num ambiente festivo, religioso e cultural.
Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito Presidente da República, à primeira volta, janeiro de 2016, sucedendo a Cavaco Silva no cargo.
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