//Marcelo desvaloriza défice nas contas públicas no primeiro trimestre

Marcelo desvaloriza défice nas contas públicas no primeiro trimestre

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desvaloriza os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que apontam para um défice nas contas públicas no primeiro trimestre do ano, lembrando que a “situação final” é que conta.

“Nós temos, tradicionalmente, nesta altura do ano uma situação que é uma situação que não tem a ver, necessariamente, com a situação final. A situação final será no fim do ano e aquilo que a União Europeia diz, e as previsões de todas as instituições internacionais, é que Portugal no fim do ano vai ter umas contas equilibradas e poderá ter, até, um superavit”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, ao final da tarde de hoje.

No Porto, para o lançamento da edição fac-símile de um caderno de viagens de Soares dos reis, o chefe de Estado referiu que “no meio do percurso, porque os impostos recebidos não o são igualmente ao longo do ano, há momentos em que existe uma situação que não é a situação final mas tudo indica, são os últimos números que vêm da Europa, [que a situação final] será equilibrada como foi no ano anterior”.

Portugal fechou o ano de 2023 com um excedente de 1,2%, superando as previsões oficiais.

Governo garante excedente em 2024 e 2025

Segundo divulgou hoje o INE, o setor das Administrações Públicas registou um défice de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.

“Considerando os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP [Administrações Públicas] no primeiro trimestre de 2024 atingiu -118,9 milhões de euros, correspondendo a -0,2% do PIB, o que compara com 1,1% no período homólogo”, de acordo com as “Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional” do INE.

Questionado sobre a audição da mãe das gémeas luso-brasileiras tratadas no Hospital Santa Maria, em Lisboa, com o medicamento Zolgensma, que custou dois milhões de euros por bebé, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a recusar comentar a Comissão de Inquérito que corre no parlamente e assegurou que quando houver factos novos que se prenunciará.

“Eu não comento o que se passa na Assembleia da República (AR).Não comento uma Comissão Parlamentar, que são inúmeras que estão a reunir, no plenário, nas leis que são votadas até ao momento em que chegam ao meu conhecimento, nas resoluções que são voltadas”, disse.

E voltou a frisar: “Eu não tenho nada de novo a dizer sobre essa matéria. Eu o que disse está dito sobre essa matéria, se houver factos novos sobre essa matéria eu lá me prenuncio”.

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