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O programa “Heróis pelo Oceano”, com treze personalidades agrupadas em seis sessões no Palácio de Belém até ao fim de maio, antecede a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas que Portugal está a organizar em conjunto com o Quénia e que terá lugar em Lisboa em junho.
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Segundo uma nota enviada pela Presidência da República à agência Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa, ao lançar este programa, “sublinha a inestimável relevância do oceano na cultura e economia portuguesas, alertando os mais jovens para a responsabilidade de todos na conservação da biodiversidade, essencial para o equilíbrio climático”.
Com esta iniciativa, o chefe de Estado pretende proporcionar “o contacto de alunos do ensino secundário com personalidades ligadas ao mar” — treze, no total, incluindo investigadores, biólogos, navegadores, pescadores, ativistas, militares, surfistas — “cujos modos de vida se podem constituir como fonte de inspiração”.
As sessões de exposição e debate com aunos, com duração de cerca de uma hora, terão sempre dois ou mais participantes, para combinar uma perspetiva mais académica dos oceanos com outra mais prática.
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A primeira sessão será na quarta-feira, com o especialista em assuntos marinhos Tiago Pitta e Cunha, membro do conselho de administração e diretor da comissão executiva da Fundação Oceano Azul, Prémio Pessoa 2021, e o navegador solitário Ricardo Diniz, que já navegou à vela o equivalente a quase quatro voltas ao mundo.
A lista de participantes inclui a investigadora Cristina Brito, o pescador de bacalhau Guilherme Piló Soares, o biólogo e investigador Pedro Lima, o ativista ambiental Ricardo Ramos, conhecido por Xico Gaivota, os militares da Força Aérea Portuguesa Luís Santos Silva e Pedro Andrade Gomes e a surfista Joana Andrade.
O programa “Heróis do Oceano” contará ainda com as participações das biólogas marinhas Raquel Gaspar e Eugénia Barroca, do militar da Marinha Madaleno Galocha e de Andreia Coutinho, confundadora de uma empresa que fabrica calçado a partir de plástico recolhido do mar.
Desde que assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa promoveu iniciativas em formato semelhante com escritores, cientistas, jornalistas, desportistas, artistas plásticos à conversa com alunos. Lançou também um programa intitulado “Mulheres de coragem”, com personalidades femininas de várias áreas.
Em fevereiro deste ano, o Presidente da República encerrou a cimeira internacional “Um Oceano”, em Brest, França, em que participou a convite do Presidente francês, Emmanuel Macron, que abriu caminho à segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas.
Na segunda-feira, na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa 2021 a Tiago Pitta e Cunha, o chefe de Estado apontou a Conferência dos Oceanos em Lisboa como uma “oportunidade única” para Portugal assumir a “vocação nacional” de aposta no mar.
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