//Marcelo pede governo com”horizonte até 2026″ porque miniciclos seria “perder oportunidade”

Marcelo pede governo com”horizonte até 2026″ porque miniciclos seria “perder oportunidade”

No encerramento do 8.º Encontro Anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, que decorreu no Palácio da Cidadela, em Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o facto de as eleições legislativas antecipadas acontecerem num momento decisivo das escolhas que o país tem de fazer sobre os fundos comunitários.

“Os portugueses têm agora a oportunidade, daqui até 30 de janeiro, de ponderar em conjunto as escolhas, quer no que respeito ao pós pandemia, quer no que respeita à gestão económica e social, tendo presente que o esforço que vai ser exigido é um esforço de fôlego, não pode ser um esforço traduzido em miniciclos”, afirmou.

Para o chefe de Estado, esse cenário de curtos ciclos políticos significaria “perder a oportunidade, quer na gestão do que resta da pandemia, quer sobretudo de reconstrução económica, seria perder uma oportunidade”.

“De alguma maneira, as eleições permitem um horizonte até 2026”, frisou, referindo-se à duração normal de uma legislatura, quatro anos.

Numa intervenção de 40 minutos em que fez um balanço da situação do mundo, da Europa e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa identificou três questões que vão determinar o futuro do país: a leitura e a gestão política da pandemia que “ainda pesa”, a reconstrução/recuperação económica e social e a capacidade de resposta do sistema político.

“Não vai ser possível continuar a enfrentar a pandemia e pôr de pé a resposta social e económica (…) se não houver previsibilidade no sistema político, se o sistema político não tiver capacidade de responder com previsibilidade aos desafios de médio prazo”, afirmou.