//Maria da Graça Carvalho mantém vice-liderança das pescas

Maria da Graça Carvalho mantém vice-liderança das pescas

A eurodeputada do PSD e colunista do Dinheiro Vivo Maria da Graça Carvalho foi reeleita hoje, com grande margem, como vice-presidente da comissão das Pescas (PECH) do Parlamento Europeu, cargo a que concorria também a francesa France Jamet (I&D), renovando o cargo para o qual tinha sido escolhida em abril do ano passado. A eurodeputada portuguesa somou 22 votos favoráveis, contra apenas três da sua oponente.

Numa comissão de interesse estratégico para Portugal, Maria da Graça Carvalho, “tem procurado contribuir para soluções que conjuguem a conservação com a valorização dos empregos e indústrias ligados à economia do mar”. “A minha posição de princípio é que devemos encontrar formas inovadoras e sustentáveis de aproveitar a riqueza dos oceanos assegurando ao mesmo tempo a saúde dos mesmos”, resume a eurodeputada reeleita.

Esta é, de resto, uma abordagem que vem defendendo há algum tempo, inclusivamente durante a sua última passagem pela Comissão Europeia, quando esteve envolvida na publicação do “Food from the Oceans”, paper elaborado ao abrigo do Mecanismo de Aconselhamento Cientifico (SAM), no qual são identificadas “estratégias muito inovadoras para o aproveitamento sustentável dos nutrientes fornecidos pelo mar, nomeadamente ao nível dos nutrientes que não interferem com a cadeia trófica dos grandes predadores, como as algas e o plâncton, não apenas para consumo humano direto mas para a produção de fontes de proteína como os bivalves”.

Na pasta, Maria da Graça Carvalho é relatora-sombra da “Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece medidas de conservação e de gestão aplicáveis na zona da Convenção das Pescas do Pacífico Ocidental e Central, e que altera o Regulamento (CE) n.º 520/2007 do Conselho”, proposta votada nesta terça-feira na mesma comissão. Em nome do grupo do Partido Popular Europeu, a eurodeputada portuguesa apresentou várias emendas ao documento, incluindo alertar para “a importância das atividades de investigação e inovação que devem acompanhar o aperfeiçoamento das técnicas e práticas de pesca; a inclusão de mais referências à necessidade de limitar as atividades que aumentam a poluição marinha, certificando-se de que todos os comandantes das embarcações seguem as mesmas práticas para limitar a presença de materiais plásticos; e acrescentar no texto referências específicas sobre a necessidade de combater a pesca ilegal, dando como exemplo as práticas dos operadores europeus”.

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