Mário Centeno, prevê que resultados negativos do Banco de Portugal (BdP) se mantenham por dois anos, ou seja, até 2026.
O governador do Banco de Portugal está a ser ouvido esta quarta-feira na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública e justifica as previsões com as taxas de juro e a inflação.
“Se nós olharmos para o ciclo da política monetária, tal como ele se nos coloca hoje, e aquilo que sabemos hoje sobre a inflação e a trajetória de taxas de juro, nós podemos antecipar que este ciclo de resultados negativos se vai prolongar pelo menos mais dois anos”, disse Mário Centeno.
O governador do BdP realça, no entanto, que existe “uma expectativa de todos os bancos centrais de que em 2026 se retome uma situação mais regular em termos dos resultados e do seu sinal”.
Mário Centeno sublinhou ainda que o BdP tem uma almofada financeira preparada e provisões para atenuar os resultados negativos.
“A inflação está muito próxima de 2%. O BCE decidiu pela primeira vez neste ciclo baixar taxas em junho. Esta perspetiva mantém-se ao longo dos próximos anos e meses e, portanto, nós com os dados que temos hoje, há uma folga bastante significativa e a perspetiva de tranquilidade face aos resultados, e à capacidade que o banco tem de os acomodar, é algo muito claro para nós hoje em dia”, apontou.
Mário Centeno recordou que já em 2023 os resultados negativos de 1.054 milhões de euros do Banco de Portugal foram atenuados por provisões que tinham sido já trabalhas pelo Banco de Portugal.
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