O vice-governador do Banco de Portugal, Luís Máximo dos Santos, garantiu que o Novo Banco não está a fazer imparidades excessivas. O presidente da comissão de acompanhamento, José Rodrigues de Jesus, reconheceu na semana passada que se questionava se o banco não estaria a fazer imparidades a mais, ou seja, a exagerar no valor que conta perder em ativos como crédito, por exemplo.
Mas Máximo dos Santos garante que, tendo em conta os dados de que o Banco de Portugal dispõe, “concluímos que as imparidades não são superiores à média do sistema bancário”. Ao abrigo do mecanismo de capital contingente acordado na venda do Novo Banco à Lone Star, a instituição financeira pode pedir dinheiro ao Fundo de Resolução, caso tenha perdas num determinado conjunto de ativos herdados ainda do antigo BES.
No máximo, o Novo Banco pode solicitar 3,89 mil milhões de euros até 2025. Em dois anos, o banco conta esgotar metade deste valor. Máximo dos Santos garante que está a utilizar todos os poderes para garantir que existe “boa-fé” na execução do contrato e rejeita que se estejam a constituir imparidades a mais para se limpar o banco à custa do Fundo de Resolução.
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