A primeira-ministra britânica propõe uma votação no Parlamento, relativamente a um “curto e limitado” adiamento do Brexit se o acordo para o divórcio for novamente rejeitado.

Theresa May, primeira-ministra britânica, está esta tarde no Parlamento onde deixou três promessas. A primeira, de acordo com a Bloomberg, é que os deputados vão ser chamados a pronunciar-se sobre o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia até ao dia 12 de março. Em segundo lugar, se o governo for derrotado nas votações – tal como aconteceu no final do ano passado – vai ser apresentada uma proposta para um debate no Parlamento para aferir se há apoio parlamentar a uma saída sem acordo. E por último, se nenhuma das duas opções for aprovada – o acordo alcançado pelo governo e um Brexit sem acordo – a 14 de março May vai apresentar uma proposta que visa uma “extensão curta e limitada” do Artigo 50.

A decisão de Theresa May surge depois de ter estado, esta manhã, reunida com os membros do seu governo. Esta manhã, os meios de comunicação internacionais avançaram esta manhã que May estaria a considerar um plano para atrasar a data do divórcio entre Londres e a UE a 27, travando assim a saída no final de março, data agendada para o efeito.

Permitir que o Reino Unido atrase a saída do bloco económico será um jogo político, escreve a agência de informação Bloomberg. Por um lado, evita a saída de vários elementos do executivo britânico e uma eventual derrota no Parlamento. É que há, pelo menos, três ministros britânicos que já ameaçaram demitir-se e a possibilidade de o Brexit ocorrer sem acordo com a União Europeia não sair de cima da mesa, segundo a BBC. Por outro, pode haver uma certa destabilização no seio dos membros do Partido Conservador (de Theresa May) eurocéticos. Além disso, acabaria por ser uma derrota pessoal para May, que ao longo dos últimos dois anos tem insistido que o Reino Unido vai deixar a UE na data marcada.

(Notícia atualizada às 13:07)

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