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O grupo norte-americano McDonald’s anunciou esta quinta-feira que chegou a acordo para vender o seu negócio na Rússia ao empresário russo Alexander Govor, parceiro de franquia, o que permitirá manter milhares de postos de trabalho.
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“Segundo as condições do acordo, Govor vai adquirir toda a carteira de restaurantes da cadeia e iniciar atividade com uma nova marca”, referiu a McDonald’s em comunicado, destacando que o empresário russo é seu parceiro desde 2015, explorando vários estabelecimentos do grupo na Sibéria.
O acordo ainda necessita de autorização dos reguladores, esperando-se que os últimos detalhes sejam definidos “nas próximas semanas”.
“O contrato de venda contempla a preservação, por pelo menos dois anos, dos postos de trabalho em condições equivalentes”, sublinha a McDonald’s, sem avançar o montante da operação.
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Govor vai também pagar os salários dos funcionários que trabalham em 45 regiões da Rússia até a transação estar concluída.
Este acordo foi anunciado três dias depois de a McDonald’s anunciar que iria abandonar o mercado russo, após mais de 30 anos de atividade no país, onde tinha 850 restaurantes e 62.000 trabalhadores.
“A crise humanitária provocada pela guerra na Ucrânia e o contexto imprevisível para continuar a operar levaram a McDonald’s a concluir que o negócio na Rússia já não é sustentável nem consistente com os valores da McDonald’s”, segundo um comunicado da cadeia de restaurantes publicado nos Estados Unidos.
A cadeia de ‘fast food’ tinha anunciado o encerramento temporário dos seus restaurantes e a suspensão das operações na Rússia no passado dia 08 de março.
A saída da McDonald’s da Rússia tem um grande peso simbólico e económico, pois o grupo foi uma das primeiras marcas ocidentais estabelecer-se no país. Abriu uma filial em Moscovo em 1990, pouco antes da queda da União Soviética, tornando-se um símbolo do fim da Guerra Fria.
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