Os medicamentos genéricos dispensados nas farmácias comunitárias pouparam ao Estado e às famílias mais de 509 milhões de euros em 2022, o que representa uma poupança de 16,15 euros a cada segundo que passa, revelam dados divulgados esta sexta-feira.
A poupança alcançada no ano passado foi de mais 30,3 milhões do que em 2021, sendo o valor mais alto em 12 anos de contabilização, segundo os dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), e do contador “online” no “site” da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN). .
No total, entre 2011 e 2022, os medicamentos já permitiram ao país poupar 5.279 milhões de euros, refere um comunicado conjunto da APOGEN e da Associação Nacional de Farmácias (ANF).
Segundo a Health Market Research (HMR), em 2022, foram dispensados cerca de 102 milhões de embalagens de medicamentos genéricos nas farmácias comunitárias, o que corresponde a um crescimento de 10,7% face ao ano anterior.
“A poupança com os medicamentos genéricos tem aumentado ano após ano, tendo, pela primeira vez, ultrapassando os 500 milhões de euros. Esta tendência evidencia o desempenho destes fármacos no acesso equitativo dos utentes à saúde e na prestação de melhores cuidados”, afirma a presidente da APOGEN, Maria do Carmo Neves, citada no comunicado.
Maria do Carmo Neves salienta que os genéricos, comercializados há mais de três décadas, têm promovido a sustentabilidade e a eficiência financeira das famílias portuguesas e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo uma gestão equilibrada dos recursos a nível público e privado.
“Estes medicamentos oferecem à pessoa com doença um benefício clínico, melhoram a sua qualidade de vida e permitem, num tempo de grandes dificuldades financeiras, uma melhor gestão do seu orçamento familiar. É pelos doentes que iremos continuar a trabalhar com a tutela na procura de soluções que, gerando eficiência, permitam um maior acesso ao medicamento e mais saúde”, assegura Maria do Carmo Neves.
A presidente da ANF, Ema Paulino, afirma, por sua vez, que “a proximidade às pessoas dita que as farmácias tenham, desde sempre, um profundo entendimento sobre as necessidades e carências sentidas pela população, assim como uma consequente e muito particular preocupação com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde, garante de uma entrega universal de cuidados”.
“Assim se justifica que, desde o momento zero, as farmácias tenham sido militantes defensoras e ativas promotoras dos medicamentos genéricos, empenhando-se no crescimento da sua quota de mercado e contribuindo para uma poupança de recursos avaliada em mais de cinco mil milhões de euros em 12 anos”, afirma Ema Paulino, sublinhando que irão continuar a defender o acesso da população “a terapêuticas eficazes, seguras e sustentáveis”.
Tal como a APOGEN, também a Associação Nacional de Farmácias refere que permanece disponível para colaborar com a tutela no desenvolvimento de modelos de incentivos que permitam à rede exponenciar a poupança já alcançada.
Lançado em 2020, através de uma parceria entre a ANF e a APOGEN, o contador “online” regista, em 2023, até hoje uma poupança já superior a 60 milhões de euros.
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