//Medidas para as famílias: IRS, creches, ginásios e aumento das pensões

Medidas para as famílias: IRS, creches, ginásios e aumento das pensões

1. É uma das medidas-bandeira do governo para 2021, apesar de não surgir na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021). A redução das taxas de retenção na fonte de IRS é um das soluções encontrada para aumentar o rendimento disponível das famílias. Mas tem um senão: em 2022, o reembolso de IRS encolhe e poderá haver casos em que os contribuintes têm de pagar imposto no acerto da liquidação. O governo aponta para um custo a rondar os 200 milhões de euros.

2. A proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) prevê o alargamento da gratuitidade das creches para as famílias do primeiro e segundo escalões de rendimento. A medida deverá abranger mais 15 mil crianças e tem um custo estimado de 11 milhões de euros. A gratuitidade chegará, assim, a 65 mil crianças que frequentam creches públicas ou sociais.

3. A partir do próximo ano, o IVA em despesas de ginásio e outras atividades desportivas passa a dar desconto no IRS. À semelhança do que acontece com cabeleireiros, oficinas, restaurantes, hotéis e veterinários, também vai ser possível deduzir 15% do IVA. O limite máximo da dedução por agregado mantém-se nos 250 euros.

4. O governo promete implementar um novo “sistema de descontos das taxas de portagens”. Uma medida para entrar em vigor no próximo ano, mas cujos contornos ainda se desconhecem. Sabe-se que se dirige às ex-SCUT, sobretudo do interior, com “descidas mais significativas nos veículos ligeiros”, refere o relatório que acompanha o Orçamento do Estado para o próximo ano.

5. Pelo quinto ano consecutivo, os pensionistas vão ter um aumento extraordinário do valor da pensão, mas apenas em agosto. A subida irá ser de 10 euros ou de 6 euros, consoante as pensões tenham ou não sido atualizadas entre 2011 e 2015. O custo estimado da medida é de 99 milhões de euros e deverá beneficiar perto de 1,6 milhões de pensionistas.

6. A medida entra em vigor já no dia 1 de dezembro deste ano, mas o governo fez questão de a colocar entre as que vão beneficiar as famílias ao longo de 2021. Trata-se da descida do IVA da eletricidade consoante os consumos das famílias. A descida abrange mais de 80% dos consumidores. Até aos primeiros 100 kWh de consumo, aplica-se a taxa de 13%, a partir deste valor a taxa normal de IVA. No caso das famílias numerosas, a medida só entra em vigor em março de 2020 e o limite passa para 150 kWh. O governo aponta para um impacto de 150 milhões de euros de receita a menos e diz que se trata de mais uma medida para aumentar o rendimento disponível.