//Medina diz que era possível ter ido mais longe no IRS

Medina diz que era possível ter ido mais longe no IRS

Os ventos que vão chegar a Portugal do exterior no próximo ano continuarão a ser turbulentos. Da inflação ao aumento das taxas de juro, passando pela guerra, a economia portuguesa continuará a sair beliscada pelo impacto da conjuntura internacional. O ministro das Finanças acredita, por isso, que a proposta para o Orçamento do Estado de 2024 (OE2024) “é muito realista” e pretender “fazer face às circunstâncias”.

Por isso mesmo, acredita que é prioritário “assegurar a procura interna”. “A conjuntura externa será mais difícil. Ainda assim, iremos crescer menos do que este ano. Estas medidas  [inscritas no OE2024 ] destinam-se a reforçar os rendimentos das famílias para ajudar a economia”, assegurou ontem, em entrevista à SIC. Já ao início da noite, e depois de mais de duas horas e meias a apresentar o documento no Ministério das Finanças, Medina defendeu que o país “não se pode desligar do rigor das contas públicas” e que, apesar de estar a desacelerar, a economia está a crescer. Já sobre a redução das taxas do IRS, que apenas abrangem os cinco primeiro escalões, o governante justificou que “este foi o equilíbrio” definido pelo governo, mas admitiu que haveria margem para dar mais um passo. “Podia-se ter ido mais longe do ponto de vista dos escalões e das pessoas abrangidas, mas em prejuízo de outras medidas”, disse. Medina explicou que este foi o Orçamento de “escolhas” e que, por isso mesmo, houve medidas com impacto positivo para as famílias, mas outras nem tanto.