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Fernando Medina, ministro das Finanças, afirmou esta terça-feira que é essencial, como “resposta adequada, em momento de subida de taxas de juro, o reforço de capitais próprios das empresas”, prometendo medidas no próximo Orçamento do Estado (OE) neste sentido. “Apresentaremos medidas concretas para isso, sabendo que é um trabalho sem fim mas um caminho que temos obrigação de seguir, com perseverança”, garantiu.
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O ministro das Finanças reforçou ainda que as “politicas públicas têm de ser adequadas para resolver estes desafios, contado com o contributo de todos”. Fernando Medina falava na conferência da CMVM, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para apresentação do Guia do Emitente, lançado esta terça-feira para facilitar o acesso das empresas, sobretudo PME, aos mercados enquanto fonte alternativa de financiamento. O guia reúne num único local, online, toda a informação necessária, incluindo requisitos de transparência e boa governance, para melhorar a gestão das empresas e dar-lhes acesso ao mercado de capitais.
Para o ministro é “essencial prepararmo-nos para voltar a encontrar respostas para a economia”, num contexto em que a “guerra trouxe incerteza em níveis invulgares e não sabemos até onde vai durar. É impossível antever a alteração nas políticas monetárias e o inverrno está à porta com choque energético.”
“São desafios de monta, mas [merecem] uma palavra de confiança: determinação do governo para adotar medidas para fortalecer a economia.” Medina falou da necessidade de desenvolver um quadro regulatório simples que garanta acesso a capital. “A presença em mercado também profissionaliza a gestão e dá mais capacidade para crescer e estimula o crecimento e desenvolvImento das empreaas.”
O ministro das Finanças apontou três prioridades do governo para desenvolver o mercado de capitais: 1) Promoção de estabilidade e confiança na nossa economia, com contas certas e redução de dívida, “estratégia que justificou subidas de rating nas últimas semanas e contém subidas de juros”, recorda Medina; 2) Foco na simplificação do enquadramento regulatório com apoio a iniciativas da CMVM e diagnóstico e identificação de propostas da OCDE, a revisão do código de valores mobiliários, entre outros; e 3) “em breve, vamos apresentar medidas transversais para apoiar o mercado e poupança, incluindo redução de custos de entrada no mercado de capitais”, prometeu.
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