O Turismo deu um forte contributo para os resultados da economia. De acordo com o inquérito apresentado esta quarta-feira, a hotelaria nacional teve uma taxa de ocupação global de 65% e Portugal ocupa um lugar de destaque entre os destinos preferidos.
Os números traduzem um crescimento global no setor e uma boa contribuição para a economia, disse Bernardo Trindade, presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), na apresentação do relatório.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Bernardo Trindade destaca o crescimento do turismo em todas as regiões do país.
“Globalmente atingimos, pela primeira vez, mais 27 mil milhões de euros de receitas turísticas, o que traduz um saldo entre exportações e importações de serviços de 20 mil milhões de euros. É um contributo muito significativo para a economia ter apresentado crescimento”, assinala.
O relatório indica ainda que as reservas feitas nas plataformas digitais regista um aumento, com 95% a serem efetuadas no canal de reserva Booking, seguido do site da própria unidade hoteleira, com 91%.
No Natal e Ano Novo continuam com bons indicadores, com a Madeira a ser o destino mais pretendido no réveillon, atingindo uma taxa de ocupação no ano passado de 81%.
Para este ano a Associação da Hotelaria de Portugal está moderadamente otimista, por causa dos tempos de incerteza política nacional e global, concorrência de outros mercados, aumento dos custos e falta de mão de obra qualificada.
De resto, o 1º trimestre de 2025 ficou aquém das expectativas, mas Bernardo Trindade prevê uma recuperação no resto do ano.
“Temos muitos casos em que o primeiro trimestre de 2025 foi pior do que o primeiro trimestre de 2024. Felizmente, as perspetivas para o resto do ano são positivas. Vamos conseguir reequilibrar esta performance, em alguns casos crescendo mais do que 2024 e noutros ficando em linha com 2024, que foi o melhor ano turístico de sempre.”
Na apresentação do inquérito, Bernardo Trindade lembra ainda os decisores políticos que há compromissos assumidos com o setor hoteleiro. Há matérias que não podem ser esquecidas apesar do cenário de crise política e de eleições
“Assinamos o acordo de competitividade e rendimentos, fizemos plasmar aumentos salariais muito acima da inflação, mas tínhamos também comprometidos um conjunto de medidas para as empresas que ainda não foram totalmente regulamentadas e é importante fazê-lo”, sublinha.
O presidente da Associação de Hotelaria de Portugal também espera que avancem os dossiers do novo aeroporto de Lisboa, da TAP e da regularização de imigrantes.
Deixe um comentário